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Volodymyr Zelensky-na-Finlândia
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, em Helsinque, ao lado do presidente finlandês Sauli Niinisto.| Foto: EFE/EPA/Mauri Ratilainen

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, negou nesta quarta-feira (3) as alegações feitas pelo Kremlin de que forças de segurança ucranianas tenham tentado assassinar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um ataque com drones realizado em Moscou na madrugada de ontem. Segundo o governo russo, dois drones foram abatidos pelas defesas antiaéreas enquanto voavam rumo ao palácio presidencial.

"Não atacamos Putin ou Moscou, apenas lutamos em nosso território, defendemos nossas vilas e cidades", disse Zelensky, que atualmente está em Helsinque para uma reunião com os chefes de governo de Finlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e Islândia. “Deixaremos isso para um tribunal", o presidente ucraniano reforçou a repórteres, pedindo que a comunidade internacional encontre mecanismos para processar o presidente russo pela agressão militar contra a Ucrânia.

Zelensky ainda afirmou que a Ucrânia não tem "armas suficientes" para atacar Moscou e tentar assassinar Putin em seu local de trabalho.

Perguntado sobre os motivos da Rússia para acusar a Ucrânia por essa suposta tentativa de assassinato, Zelensky respondeu que seria uma tentativa de compensar a falta de resultados na frente de batalha. "A Rússia não tem vitórias para comemorar e não consegue mais motivar sua população e enviar soldados para morrer como se nada tivesse acontecido".

No Twitter, o assessor da presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, também respondeu às acusações de Moscou e as ameaçavas de retaliação, afirmando que todas as forças ucranianas à disposição "se destinam a libertar territórios, e não a atacar outros".

O assessor também contestou a declaração russa de que os drones seriam "um ataque terrorista planejado" contra Putin, perpetrado na véspera do Dia da Vitória e da parada militar de 9 de maio. "Um ato terrorista é destruir casas em Dnipro e Uman ou lançar ataques com mísseis contra a estação de Kramatorsk", disse Podolyak, citando três alvos recentes de bombardeios russos com dezenas de vítimas civis.

Alarme antiaéreos

Temendo as ameaças de represálias, as autoridades da Ucrânia ativaram hoje o alarme antiaéreo em Kiev e praticamente em todas as regiões orientais do país, informou a agência de notícias ucraniana "Ukrinform", com dados do sistema de alerta do país.

Os alarmes também foram acionados após a região de Kherson, parcialmente ocupada pelas tropas russas, ser massivamente bombardeada nesta quarta-feira. O ataque matou pelo menos 16 pessoas segundo informações divulgadas pelo ministério público local.

Segundo o "Ukrinform", os bombardeios também danificaram infraestruturas civis e além de vítimas mortais, deixaram pelo menos 22 feridos.

A cidade de Kherson foi retomada pelas forças ucranianas em novembro do ano passado, após ter sido ocupada por Moscou no início da guerra e é bombardeada diariamente pela Rússia do outro lado do rio Dnipro.

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