O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em visita ao memorial das vítimas da bomba atômica em Hiroshima.| Foto: EFE/EPA/G7 Hiroshima Summit Host handout
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo que Bakhmut “não está ocupada pela Rússia no dia de hoje”, em entrevista à imprensa após participar da cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão. Zelensky disse que não poderia compartilhar informações exatas quando se trata de táticas militares, embora tenha apontado que a Ucrânia tem tropas de apoio em Bakhmut e testemunhas que mostram que a cidade não foi tomada por tropas russas e do grupo de mercenários Wagner.

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O mandatário ucraniano acrescentou que “não há várias formas de interpretar isso” quando questionado pela imprensa sobre a confusão causada por suas palavras anteriores, nas quais respondeu de forma ambígua a outra pergunta sobre se os ucranianos ainda lutavam pelo controle de Bakhmut ou se a cidade passara para as mãos da Rússia, como afirmou o Ministério da Defesa russo neste domingo e o grupo Wagner havia anunciado no sábado. “Não temos mais perguntas simples, assim como não temos respostas simples”, começou dizendo Zelensky ao ser questionado sobre a comoção causada por suas declarações prévias, que obrigaram seu porta-voz, Serhii Nykyforov, a interceder para esclarecê-las.

O presidente ucraniano destacou que a Ucrânia está mostrando que a Rússia não pode ocupar o país apesar de ser uma potência militar a priori superior, e que as tropas ucranianas “estão cumprindo neste momento uma missão muito importante” e “em modo de apoio”, embora tenha evitado dizer exatamente se este é o caso de Bakhmut. A batalha pelo controle da cidade é uma das mais sangrentas da guerra na Ucrânia e assumiu uma importância simbólica para ambos os lados, que perderam um grande número de soldados naquela cidade.

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Zelensky também destacou que o estado atual da cidade ucraniana o lembra do que viu neste domingo no Museu da Paz de Hiroshima, onde está exposta a devastação causada pela bomba atômica. “Não há nada vivo, nenhum edifício em pé. Tudo é destruição”, disse Zelensky, que recentemente visitou o parque e museu dedicado a lembrar as vítimas e mostrar os horrores do bombardeio desta cidade japonesa durante aquele que foi o primeiro ataque nuclear da história, realizado pelos Estados Unidos em 6 de agosto de 1945.