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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu nesta quinta-feira (28) na capital da Ucrânia, Kiev, com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, para discutir o envio de novos pacotes de ajuda militar dos países membros aliança.
Durante o encontro, Zelensky solicitou um aumento no fornecimento de armas e munições para as forças de defesa ucranianas, enquanto Stoltenberg se comprometeu a levar essa demanda aos membros da OTAN.
A reunião aconteceu um dia após a Rússia acusar os aliados ocidentais de Kiev de terem participado do planejamento de um ataque ao quartel-general da Frota do Mar Negro, na península da Crimeia, anexada pela Rússia.
No encontro, Zelensky enfatizou a importância de garantir sistemas de defesa antiaérea adicionais para proteger a infraestrutura crítica da Ucrânia, incluindo usinas e a rede energética, que sofreram danos significativos durante os ataques russos no último inverno.
Além disso, o presidente ucraniano expressou também sua preocupação com os contínuos ataques a áreas civis, incluindo 40 ataques com drones registrados na noite desta quarta-feira (27).
"Frente aos ataques intensos contra a Ucrânia, nossas cidades e portos, que são vitais para a segurança alimentar global, precisamos exercer uma pressão firme sobre a Rússia e fortalecer nossa defesa aérea", afirmou Zelensky.
"O mundo deve testemunhar as graves perdas que a Rússia está sofrendo para que nossos valores compartilhados finalmente prevaleçam", disse.
Jens Stoltenberg confirmou que a OTAN possui contratos no valor de 2,4 bilhões de euros (cerca de R$ 12,7 bilhões) em munições para a Ucrânia, incluindo obuses de 155 mm, mísseis antitanque e munições para tanques. Ele ressaltou a importância do fortalecimento da Ucrânia como uma medida para encerrar a agressão russa.
"Quanto mais forte a Ucrânia se tornar, mais perto estaremos de pôr fim à agressão da Rússia", declarou Stoltenberg.
"A Rússia poderia depor as armas e encerrar sua guerra hoje. A Ucrânia não tem essa opção. A rendição da Ucrânia não traria paz, mas sim a brutal ocupação russa. A paz a qualquer preço não seria paz de fato", completou secretário-geral da OTAN.