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O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter disse neste sábado que ele e outros membros de uma missão humanitária, que planejava visitar o Zimbábue, tiveram seus vistos de entrada recusados pelo governo daquele país africano.

Além de Carter, a missão incluiria o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan e a defensora dos direitos humanos Graça Machel, esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela.

A visita tinha como finalidade fazer com que os três membros do Grupo dos Anciãos, com experiência na resolução de conflitos, avaliassem a situação humanitária no Zimbábue, imerso em uma profunda crise política desde as eleições presidenciais de junho passado.

"Estamos muito desapontados com o fato de o governo do Zimbábue não permitir nossa entrada, de não querer cooperar", disse Carter, em coletiva de imprensa. Segundo Carter, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2002, esta é a primeira vez que ele é impedido de realizar uma missão humanitária.

Annan, por sua vez, disse que nenhum motivo oficial foi apresentado para a recusa. Ele citou um artigo do jornal estatal zimbabuano Herald afirmando que o grupo é visto como "contrário" ao governo do Zimbábue.

O Grupo dos Anciãos, criado por Mandela, alegou que a missão não teria qualquer relação com esforços regionais para convencer o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e a oposição a implementarem um acordo de compartilhamento do poder, estagnado desde setembro. A oposição acusa Mugabe, no poder desde que o país tornou-se independente da Grã-Bretanha, em 1980, de tentar manter o controle sobre os cargos governamentais mais importantes.

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