O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou neste domingo que, em seus primeiros 20 anos de democracia, o país se transformou em "um lugar muito melhor pra viver".
A África do Sul festeja hoje seu "Dia da Liberdade", que celebra suas primeiras eleições multirraciais, que transformaram Nelson Mandela, líder do partido Congresso Nacional Africano (CNA), no primeiro presidente negro do país.
Em um ato de Estado realizado na sede do governo em Pretória, Zuma convocou os cidadãos a votar nas eleições gerais do próximo dia 7 de maio para "consolidar a democracia e todas as conquistas" desta jovem nação.
"Trabalhando juntos nos últimos 20 anos e nos últimos cinco anos - os correspondentes ao mandato de Zuma - fizemos da África do Sul um lugar muito melhor pra viver", ressaltou.
Zuma elogiou o bom trabalho dos sul-africanos na defesa dos direitos humanos, a melhora no atendimento de suas necessidades básicas, o crescimento da economia, a luta contra o crime e a corrupção e inclusive na construção de uma "melhor África e um mundo melhor".
"Estamos nos aproximando de nosso prezado sonho de uma África do Sul unida, não racial, não sexista, democrática e próspera", comentou.
O também presidente do CNA, que teve em Mandela seu líder mais emblemático, ressaltou o êxito da África do Sul no processo de "curar-se das feridas" de um passado "brutal".
Zuma reconheceu, no entanto, que a África do Sul ainda tem um "caminho por andar" na erradicação da pobreza, da desigualdade e do desemprego.
"Na próxima década de liberdade temos que avançar na transformação econômica", declarou Zuma, ressaltando seus planos de estabelecer um sistema de proteção social que inclua subsídios por desempregos, pensões e ajudas por incapacidade.
Outro dos desafios desta jovem democracia será o de recuperar a confiança dos cidadãos na classe política, desacreditada por escândalos como o protagonizado pelo próprio Zuma, que gastou mais de 15 milhões de euros de dinheiro público na reforma de sua residência privada.