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Bom dia!

Sergio Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão no caso do tríplex do Guarujá. Sentença de mais de 200 páginas, por corrupção e lavagem de dinheiro, da qual o Ministério Público Federal avisou que irá recorrer. Deseja um pena maior; a defesa do ex-presidente, naturalmente, pedirá a absolvição.

O primeiro e robusto bloco do Bom Dia tratará exclusivamente da condenação de Lula e todo o contexto em torno dela. Se você quiser passear primeiro por outros temas, tem um atalho por aqui - mas não deixe de voltar e ler sobre este marco na história do Brasil.

Penas adicionais

Os nove anos e meio de prisão são, certamente, a parte mais impactante da pena, porém não a única. A sentença inclui confisco do tríplex, multa de R$ 3,7 milhões e proibição de exercer cargo ou função pública por 19 anos.

Sem prisão

Sergio Moro não determinou a prisão cautelar de Lula, embora houvesse essa possibilidade. O juiz alegou na sentença que mandar o ex-presidente para a cadeia agora envolveria certos traumas. Assim, Lula recorrerá em liberdade.

Absolvido

Lula foi absolvido de uma parte da acusação: o de recebimento de propina por meio do armazenamento do acervo dos seus dois mandatos. Neste caso, Moro não detectou provas suficientes de corrupção ou lavagem de dinheiro.

A culpa não é da Marisa

Moro rebateu na sentença cinco argumentos centrais da defesa para alegar a absolvição de Lula. Entre os quais a estratégia do presidente de jogar decisões sobre o tríplex na conta da ex-primeira-dama Marisa Letícia, falecida.

Na medida

O editorial da Gazeta do Povo analisa a sentença. Calcada em documentos e depoimentos, traz fartas provas de que Lula era, de fato, líder de uma organização criminosa.

Já passa da hora de Lula ser visto como é realmente: um político que usou sua função pública para desviar dinheiro e se beneficiar da corrupção. Isso deveria ser suficiente para afastá-lo para sempre da vida pública e para ser rejeitado pelo eleitorado.

Histórico

Leandro Narloch e Ricardo Amorim também comentam a decisão. No Politicamente Incorreto, Narloch fala do orgulho de viver em um país que condena criminosos como Lula. Direto da Europa, Amorim vê a sentença como um marco no combate a corrupção no Brasil.

O mundo só fala disso

Todos os grandes veículos de comunicação do mundo noticiaram e comentaram a condenação de Lula. Em comum, a surpresa com a sentença e o cuidado de dar a dimensão do esquema de corrupção e da figura de Lula.

Nunca antes

Para entender a trajetória e a musculatura de Lula, preparamos o especial "Nunca antes na história deste país". Da atuação como sindicalista, passando por preso político, presidente e, agora, a um passo de ser um político preso.

Próximos passos

Kelli Kadanus explica o caminho do processo a partir de agora: o caso passa para o TRF-4, em Porto Alegre. Em média, a corte tem demorado 15 meses para julgar as ações enviadas por Moro. Há recursos sem decisão há 20 meses.

Vai dar tempo

Lúcio Vaz aponta com segurança que a sentença sairá em menor tempo - pelo menos até antes de agosto do ano que vem, prazo-limite para impugnação de candidaturas. O TRF-4 é o mais ágil e informatizado de todos os tribunais de segunda instância e tanto a opinião pública como os atores políticos - Lula inclusive - não consideram a hipótese de o caso chegar à eleição de 2018 sem solução.

O novo Moro

A atenção sai de Sergio Moro e passa para João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4. Mais um desembargador paranaense - nascido em Curitiba -, porém com uma mão mais pesada que a de Moro quando o assunto é Lava Jato.

Mais Moro

Lula não está livre de Sergio Moro. O juiz federal está no meio da instrução do caso do terreno do Instituto Lula e ainda há a hipótese de acatar a denúncia por corrupção no sítio de Atibaia. Os dois casos são mais espinhosos para o petista que o do tríplex.

Lulismo

A condenação a Lula reavivou na militância esquerdista e parte dos brasileiros a saudade dos oito anos de presidência do petista. Murilo Basso explica esse sentimento de nostalgia seletiva.

Ainda teve isso

Enquanto o mundo olhava para Curitiba, Brasília seguia operando politicamente. O dia começou com Rodrigo Maia anunciando que barrará qualquer MP que altere a reforma trabalhista, teve ameaça do PMDB contra seus próprios deputados e a aprovação da nova PGR, Raquel Dodge. Quer mais? Leia seis notícias que você perdeu porque estava prestando atenção na condenação de Lula.

E mais isso

PMDB, PP, PR e PSD fecharam questão em torno de Temer e vão votar em bloco contra a denúncia de Rodrigo Janot. Bruna Borges e Evandro Éboli contam a articulação.

Perigo real

O Iraque comemorou a retomada de Mossul, mas ainda é cedo para decretar o fim de Estado Islâmico. A organização terrorista segue com poder de fogo elevado.

Multiculturalismo

Governado pelo ícone progressista Justin Trudeau, o Canadá se vê no centro de um debate sobre multiculturalismo: as escolas estão indecisas entre conceder campo livre para hábitos religiosos dos muçulmanos ou estimular que os islâmicos se incorporem aos hábitos locais. Acabaram optando por uma regulamentação que desagradou a todos.

Partiu Canadá?

Aliás, empresas do Canadá estão atrás de trabalhadores brasileiros. Saiba como se candidatar.

Bloqueio de celulares

Em novembro a Anatel irá passar a bloquear celulares não homologados. O anúncio entupiu a caixa de mensagens da Bia Kunze, que preparou um tira-dúvidas no blog Garota Sem Fio.

Brasileirão

Somente os visitantes venceram na rodada de ontem. Isso significa que o Corinthians derrotou o Palmeiras e continua líder. E que o Atlético perdeu para o Cruzeiro e continua em crise. Hoje tem Coxa em campo - fora de casa.

Agenda agitada

A quarta-feira bagunçou o roteiro cultural de Curitiba. Os Raimundos não vão mais tocar na cidadeRosamaria Murtinho está chegando para encenar Dorotéia e comemorar a condenação de Lula. E também tem Michael Jackson - ou quase - na cidade no fim de semana.

Para hoje, muita programação em comemoração ao Dia Mundial do Rock, festival de cinema mexicano e exposições dos Irmãos Campana e de Tomie Ohtake.

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