A Igreja convida-nos, a cada ano, a refletir sobre a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus escrita, já que Jesus Cristo, o filho de Deus e nosso Salvador, é a Palavra de Deus Encarnada, o Verbo de Deus, que se encarnou no seio virginal de Maria por obra do Espírito Santo.
A Palavra é um dos mais belos e preciosos dons de Deus. Do latim locutio, verbum; do grego logos; do hebraico dehbar, dabar, a Palavra, tanto entre os povos antigos orientais como entre os primitivos, não só é a expressão de um pensamento ou desejo, mas objeto concreto, que existe realmente; é eficaz e está como que calcado com a força da alma que a pronunciou (Cf. Dicionário da Bíblia = Herder; F. Spadafora, Pontifícia Universidade Lateranense; Mons. Albert Vincent, Universidade de Strasburg).
Falar é manifestar o que o coração sente. A palavra pronunciada, porém, não é só um som que continua na consciência do locutor ou do ouvinte só como pensamento, senão também, uma coisa invisível, por certo, mas real, como o alento, o sopro que, juntamente com ela, deixou a boca, o seu canal natural. Ela é, pois, a mais bela expressão da vontade, tanto dos homens como da vontade de Deus. Assim, sua força é extraordinária. Seja a palavra do homem. E, mais que tudo, a Palavra de Deus.
É maravilhosa a origem da criação. "Deus disse: Faça-se a luz... Faça-se o firmamento entre as águas e separe ele uma das outras... Que as águas que estão debaixo do firmamento se ajuntem num mesmo lugar, e apareça o elemento árido. E assim se fez. Deus chamou ao elemento árido Terra, e ao ajuntamento das águas Mar... Façam-se luzeiros no firmamento dos céus para separar o dia da noite... Produza a terra seres vivos segundo a sua espécie... Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gên. 1,2 ss).
A Palavra de Deus é, pois, criadora e realiza sempre o seu intento (Is 55, 10-11; Salmo 33 (32) 4-6). Por ela, Deus transmite ao homem uma verdade. Tem força de vida porque emana da fonte da Vida. No coração do homem ela é viva (Jo 15, 7) e atuante por si mesma (Jo 5,24; Hb 4,12).
Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Verbo Eterno que se fez Homem. Ele é o Logos, isto é, a Palavra de Deus encarnada, mediador entre o céu e a terra. É o Verbo que se fez Carne no seio virignal de Maria. Ensinou com autoridade (Mt 7, 29; Mc 1,22; Lc 4,33), como um Profeta que impõe normas inspirado por Deus. Com sua palavra curou os enfermos, ressuscitou mortos, acalmou os ventos e as tempestades; confirmou com milagres a palavra dos seus enviados a pregar o Evangelho, visto que não eram simplesmente transmissores de uma doutrina revelada, mas anunciadores de uma realidade salvadora. "Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus outrora aos nossos pais pelos profetas, mas ultimamente falou-se por seu Filho, que constituiu herdeiro de tudo, por quem igualmente criou o mundo" (a Palavra criadora Hb 1,1-2). E é assim que o Apóstolo João chama a Cristo: a Palavra de Deus (Apoc. 19,13), a Palavra da Vida (Jo 1,1), ou simplesmente a Palavra (Jo 1,2s 14): "E o Verbo Isto é a Palavra se fez carne e habitou entre nós".
Leitor amigo, no Dia da Bíblia lembremo-nos da recomendação da Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação Divina: "A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada da oração, para que seja possível o colóquio entre Deus e o homem; com Deus falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos".
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