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O Paraná agora é sede da primeira universidade tecnológica do Brasil, criada por lei sancionada pelo presidente Lula e publicada em Diário Oficial na última segunda-feira. Representa o corolário de uma luta de toda a sociedade paranaense, que encontrou seu conduto prático em projetos e gestões políticas de membros das bancadas do estado na Câmara Federal e no Senado, independentemente de suas cores político-partidárias – fato este, aliás, altamente digno de registro especial, pois que, ao contrário do que agora se deu, sempre foram infelizmente raras as ocasiões em que os interesses maiores do Paraná se sobrepuseram às nossas típicas divisões de aldeia.

Graças a esta união de esforços surge, então, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), fruto da transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet/PR). Nasce, assim, também mais uma instituição federal de ensino superior no estado, secundando a tradicional e mais antiga do país Universidade Federal do Paraná (UFPR). Trata-se, portanto, de um salto importante não só do ponto de vista político, mas, sobretudo, no aspecto educacional e pelo potencial de contribuição ainda maior que poderá prestar ao desenvolvimento estadual.

A nova universidade já nasce grande e pronta para cumprir seu papel. Com mais de 15 mil alunos, 1.130 professores – grande parte dos quais ostentando títulos de pós-graduação em altas especializações –, 41 cursos e sete câmpus espalhados por todas as regiões do Paraná, ela ganha autonomia pedagógica e de gestão, além de oportunidades para angariar mais recursos por meio de inúmeras linhas nacionais e internacionais de fomento, atributos com os quais o Cefet não contava em escala compatível com os desafios das áreas de ensino, pesquisa e extensão.

Mais do que isto, a Universidade Tecnológica do Paraná já nasce com o enorme acervo de competências acumulado pelo Cefet ao longo de seus quase cem anos de existência – na verdade, desde que o estabelecimento foi criado em Curitiba, em 1909, como uma então despretensiosa Escola de Aprendizes Artífices voltada para o ensino primário e para a formação de sapateiros. Hoje, a escola que está dando origem à nova universidade já é uma das maiores fornecedoras de mão-de-obra de altíssima qualidade técnica exigida em áreas modernas e tão desafiantes quanto a eletrônica, a eletrotécnica, as telecomunicações, a informática, a química industrial e outras.

A expectativa é de que se ampliem a partir de agora as parcerias da instituição com entidades públicas e privadas e que se torne ainda maior a sinergia destes entes em torno de projetos de desenvolvimento local e regional. Esta união é vital para o mundo em transformação que vivemos, como podemos constatar pelo sucesso das grandes economias industrializadas, calcado invariavelmente em grandes investimentos em ciência e tecnologia. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná acrescenta-se a esta perspectiva.

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