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O inolvidável estadista Getúlio Vargas, responsável pela transformação do Brasil agrário em nação industrial, nos deixou há 59 anos, em 24 de agosto de 1954, após desferir um tiro em seu próprio coração e deixar a Carta-Testamento com os dizeres finais: "Saio da vida para entrar na história".

As realizações de seu governo permanecem vivas nos dias de hoje, como é o caso da Petrobras, a maior empresa brasileira e destaque internacional pelas suas inovações tecnológicas, premiada como campeã de perfuração de petróleo em águas profundas e pela descoberta inédita de gigantescas jazidas localizadas no pré-sal, que nos tornará um dos maiores produtores do "ouro negro". Em 3 de outubro deste ano, a Lei 2004/53, que criou a Petrobras, estará completando 60 anos, para desagrado dos governos imperialistas que desejariam manter nosso país sob seu jugo nessa área estratégica da economia.

Em 1.º de maio deste ano, a Consolidação das Leis do Trabalho fez aniversário de 70 anos, garantindo a paz social e relações amistosas entre o capital e o trabalho, fator preponderante para que percorrêssemos com sucesso o caminho da industrialização. Após a vitória da Revolução de 30, no seu primeiro mês de governo, Getúlio Vargas fundou o Ministério do Trabalho e, logo a seguir, começou a decretar sucessivamente leis de interesse dos assalariados, como a jornada diária de oito horas, direito de férias, horas extras, descanso semanal remunerado, proteção ao menor e centenas de outros benefícios trabalhistas, legislando inclusive sobre medidas previdenciárias através da implantação de Caixas e Institutos de Aposentadoria e Pensão.

Está sendo lançado, neste mês, o segundo volume da biografia de Vargas escrita por Lira Neto, intitulado Getúlio: do governo provisório à ditadura do Estado Novo (1930 a 1945) – o primeiro volume figurou por meses como um dos mais vendidos nas livrarias. Também apareceu O longo bonapartismo brasileiro, de Felipe Darnier, comparando Vargas a Napoleão Bonaparte. Entrementes, o ator Tony Ramos está interpretando Getúlio Vargas em filme nacional ora em produção.

No momento em que o povo vem às ruas exigir o fim da corrupção, é indispensável ressaltar a integridade ética de Getúlio Vargas, que não se locupletou, nem enriqueceu filhos ou irmãos. Seu inventário em São Borja confirmou sua absoluta honestidade, uma vez que, após 37 anos de vida pública e 19 como presidente da República, só possuía os bens herdados de seus pais e um apartamento no Rio de Janeiro, financiado pela Caixa Econômica Federal, conforme revelou em 1955 a revista O Cruzeiro, dos Diários Associados, que lhe fez sempre feroz oposição.

Léo de Almeida Neves, ex-diretor do Banco do Brasil e ex-deputado federal, é membro da Academia Paranaense de Letras.

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