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A iniciativa privada e a segurança pública

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

O poder público não tem policiais em número suficiente para enfrentar a demanda crescente da sociedade por segurança, especialmente nos turnos da noite, em que o valor da mão de obra tem peso maior na composição dos custos. A percepção da falta de segurança nas vias públicas, sobretudo em termos de segurança preventiva, resultou no apoio da Associação Comercial do Paraná (ACP) a um projeto piloto de rondas noturnas na rua mais importante da área central da cidade, a XV de Novembro, compreendendo o trajeto da UFPR à Praça Zacarias e as transversais da primeira quadra.

A ronda está sendo feita no período crítico das 22 às 6 horas, evitando a incidência de arrombamentos de lojas e prédios, bem como a pichação generalizada. Neste eixo da rua, agora protegido preventivamente por rondas, atuam mais de 30 empresas de vigilância e monitoramento cuidando do patrimônio, além de efetuar o registro e documentação dos eventuais crimes cometidos contra as propriedades. Entretanto, nenhuma das empresas utiliza a ronda preventiva para evitar a criminalidade e os prejuízos materiais incalculáveis.

Os bons cidadãos e os marginais não podem dividir os mesmos espaços

Aprovada e aplaudida por todos os participantes, a ronda preventiva não onera o custo das empresas contratantes, além de mostrar a eficácia do serviço fornecido por uma única empresa em espaço determinado. O próprio prefeito eleito Rafael Greca já batizou o serviço de “a volta do guarda noturno”, agora trabalhando em duplas e pilotando motocicletas.

Dessa forma, a iniciativa privada serve de exemplo ao poder público em relação aos grandes eventos ocorridos na cidade, tais como jogos de futebol e shows musicais, que exigem a presença de grande número de policiais para garantir a segurança da população, mas deixando outras áreas totalmente desguarnecidas.

A sociedade também está estarrecida com a rapidez com que marginais condenados a longas penas são contemplados com as benesses da lei, e soltos com velocidade tal que, quando as pessoas se dão conta, o mesmo criminoso está de volta para aterrorizar a sociedade. Cabe ao aparelho de Estado fazer a separação entre os bons cidadãos e os marginais, que não podem dividir os mesmos espaços. As ações preconizadas exigem energia e firmeza das autoridades, de vez que as medidas de ressocialização estão inteiramente descartadas, e mal há recursos para uma segurança paliativa diante das carências da sociedade por paz e harmonia.

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