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Posicionado a frente de tradicionais nomes do segmento, na última semana, o Nubank foi eleito recentemente pela Forbes como a melhor instituição financeira do Brasil. O indicador representa a disrupção que o banco trouxe para o mercado. Apostando em um ambiente virtual, e oferecendo uma linha de crédito sem anuidades, recentemente o Nubank atingiu a marca de mais de 6 milhões de clientes e diversificou seus serviços.

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Quando mencionamos este case, falamos sobre o reconhecimento da soberania da experiência do usuário, atrelada a novas tecnologias e à construção de novos modelos de negócio. O mercado financeiro nunca antes havia visto clientes se orgulharem de um prestador de serviço financeiro como fazem os usuários do Nubank e de seus cartões de crédito roxos.

A inovação rompe o status quo e obriga que os players tradicionais se comprometam a imergir em momentos de autocrítica que os levem a procurar mudanças profundas em seus processos, produtos oferecidos e plataformas de atendimento.

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Esse vínculo entre real e virtual, já tem mudado, a forma como gerenciamos nossos gastos

O fato é que a tecnologia veio para o cotidiano. E a chamada internet das coisas – conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet – está revolucionando também o comportamento de consumo e, consequentemente, o setor financeiro. Esse vínculo entre real e virtual, já tem mudado, a forma como gerenciamos nossos gastos, como consumimos, como investimos nosso dinheiro, como financiamos bens, como somos engajados a programas de fidelização e como todos esses dados são protegidos.

Produtos e bens poderão “dizer a você” quanto você já gastou com eles, quanto ainda deve pagar, quando devem ser trocados, qual a forma mais inteligente e economicamente viável de serem trocados, sem sequer que uma única pesquisa seja feita por iniciativa do usuário.

Também é possível aproveitar-se de promoções e programas de fidelização com extrema fluidez e constância. Imagine entrar num corredor de supermercado e automaticamente saber quais daquele oceano de produtos você realmente precisa e as condições de promoção e fidelização que eles oferecem? Ser lembrado de que você pode realizar um resgate de premiação justamente quando você estiver próximo de um produto que realmente tem necessidade de obter?

Leia também: O valor de uma senha (artigo de Fernando Augusto Sperb, publicado em 21 de fevereiro de 2019)

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Leia também: Shadow Banking: porque ser um banco pode ser a sua derrota (artigo de Piero Contezini, publicado em 19 de maio de 2018)

Entre investimentos e financiamentos, será mais fácil manter-se atualizado sobre o progresso do cenário ao longo do tempo, sobre oportunidades e ameaças de variação de forma antecipada, bem como receber a oferta de serviços e produtos complementares para maximizar ganhos ou quitar dívidas.

Evidente que garantir a privacidade do usuário e proteção destes novos dados serão desafios que surgem em paralelo, pois tratam-se de dados pessoais que transitarão em múltiplos dispositivos, cada qual com seu fornecedor e regra de armazenamento, cada qual com uma finalidade.

Apesar de termos um potencial intelectual reconhecido mundialmente, as iniciativas extremamente autênticas e disruptivas majoritariamente não nascem aqui. Por que isso acontece? As condições para o empreendedorismo impostas pelo governo não estimula muito a inovação. Porém modelos de negócio digitais oriundos de outros mercados, são melhorados e aplicados com excelência no país. O Brasil, por ter dimensão continental, permite que uma empresa de tecnologia leve alguns anos para consolidá-los e mesmo assim gerar uma receita significativa.

Bruno Ducatti, especialista em tecnologia mobile e desenvolvedor de novos negócios do segmento digital, é bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.