Serra tem São Paulo, e Aécio, Minas. Candidatos e Estados, somados, têm uma força enorme. Mas o Rio tende para Dilma.

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Como Paris, o Rio é uma festa. Considera-se a cidade mais maravilhosa do mundo, adora novidades e modismos, faz e desfaz carreiras políticas em ritmo meteórico.

Entra década, sai década, em São Paulo lá estavam ou estão, com suas qualidades e defeitos, Lula, FHC, Covas, Maluf, Marta, Serra, Alckmin. As exceções dos que ficaram pelo caminho confirmam a regra, como Pitta (aliás, carioca).

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Já no Rio há um rastro de políticos que chegaram ao pico da onda e morreram na praia no dia seguinte: Brizola, Marcello Alencar, Moreira Franco, Miro Teixeira, Garotinho, Rosinha Matheus, Luiz Paulo Conde. Todos tiveram grandes votações. Todos minguaram, recolheram-se à Câmara ou à prefeituras do interior, como Rosinha.

A novidade no Rio é a Olim­píada, que, subjetivamente, torna o clima mais favorável a Lula-Dilma. E, objetivamente, eles podem ter quatro palanques no Rio em 2010.

O governador Sérgio Cabral, candidato à reeleição, foi do PSDB e é amigo pessoal de Serra, mas está no PMDB e tem bajulado o Planalto e sido bajulado por ele. Como o prefeito Eduardo Paes, que tem a mesma trajetória e também estava na festa de Copenhague com Lula.

Há ainda as pré-candidaturas do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT); de Garotinho (PR); de Wagner Montes, deputado estadual e homem de comunicação, que é do PDT, partido disputado por todos os demais e cada vez mais pró-Lula, ops!, pró-Dilma.

Do outro lado, o PSDB não tem para onde correr nas praias cariocas depois que Fernando Gabeira (PV) passou a ter uma candidata própria, Marina Silva. O DEM não está em forma para a corrida, e o jeito pode ser montar um palanque mambembe para o prefeito de Duque de Caxias, o tucano Zito. Chance zero de medalha e pódio.

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