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A revolução silenciosa

A esquerda radical tomou conta da cultura, chegou ao poder, e você não só não notou isso como a chama de “moderada”. Isso aconteceu inclusive nos Estados Unidos, outrora bastião da liberdade individual.

Ocorreu em quatro estágios: o radicalismo tomou de assalto o “liberalismo”; o novo “liberalismo” pintou seu único oponente como sendo um conservadorismo reacionário; o radicalismo passa a representar tudo que há de bom no mundo e a correção de tudo que havia de ruim; os radicais têm o monopólio da verdade para fundamentalmente mudar o mundo.

Essa é a tese de Barry Rubin em Silent Revolution, em que explica como a esquerda dominou a cultura e a política na América. O exercício retórico para tanto foi um malabarismo bem contraditório: os “progressistas” clamam para si o mérito de tudo que há de positivo nas conquistas ocidentais, ao mesmo tempo em que afirmam que o Ocidente é basicamente malvado. Escravidão, exploração, miséria, injustiças e preconceitos: assim é descrita a trajetória ocidental, ignorando-se que tais coisas sempre existiram no mundo e que foi o próprio Ocidente, com suas democracias liberais, que mitigou bastante esses problemas.

A maior força do movimento foi justamente sua “invisibilidade”, a negação geral de que aquilo estava acontecendo mesmo

Enquanto o impulso liberal original era de melhorar o mundo com reformas, o radicalismo se tornou uma ideologia anticapitalista, que pretende suplantar os valores mais básicos do Ocidente, “revolucionar” a coisa toda.

O presidente Obama é o ícone desse radicalismo. Fala em “transformar essencialmente” a América, e não reconhece seu caráter excepcional na defesa histórica da liberdade, como o farol que foi para o resto do mundo. Obama é radical, julga-se acima da própria Constituição, adota tom messiânico e medidas extremamente intervencionistas, mas ainda assim é visto pela grande imprensa como um “moderado”. É a maior prova de que os radicais tiveram sucesso em sua estratégia.

A maior força do movimento foi justamente sua “invisibilidade”, a negação geral de que aquilo estava acontecendo mesmo. “Quem espera que o diabo ande

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