O mundo mudou e, consequentemente, a educação também. Se antes o professor precisava do giz, da lousa, do caderno e do lápis, quando muito, para ministrar uma aula, hoje são incontáveis os recursos disponíveis no ambiente escolar para se transmitir conhecimento. Não estou dizendo que não seja possível que ele o faça com pouco – muito pelo contrário, milhares de salas de aulas espalhadas pelo mundo ainda contam apenas com um profissional dedicado e crianças prontas a aprender a sua frente. Porém, é necessário percebermos o quanto professores têm se dedicado para acompanhar os progressos tecnológicos ao mesmo tempo que ensinam para crianças já nascidas com a tecnologia em mãos.
Que possamos, hoje e sempre, nos lembrar daquele que nos deu tanto e recebe tão pouco de volta
O professor é aquele que precisa despertar curiosidade e a vontade de aprender. Como um grande artista do papel de ensino e aprendizado, ele é aquele que transmite não apenas o conteúdo, mas permeia as questões socioemocionais de valorização do ser humano, de respeito, de uma comunicação mais clara e precisa, de interpretar o mundo. Sendo assim, ele se esforça a cada dia para ser o melhor que os alunos vão encontrar. Ele busca, nos cursos de formação continuada, se atualizar e entender como transmitir, da melhor forma, aquilo que aprendeu de um jeito completamente diferente algum tempo atrás. Ele aprendeu com lápis e ensina com tela. Aprendeu ouvindo e ensina ouvindo também, afinal de contas, agora sabe que a melhor forma de ensinar é fazendo com que ensinem. É esse profissional que está, exaustivamente, encontrando novos caminhos metodológicos e didáticos a cada dia.
Com aulas para preparar, material didático para compreender, recursos para manipular, entre tantas outras coisas, o professor se desdobra e enxerga à sua frente não só crianças, não só adolescentes, mas engenheiros, médicos, pilotos, administradores, cientistas, analistas, tecnólogos, pesquisadores e outros profissionais que ainda surgirão – além de, com sorte e felicidade, inclusive mais professores.
- Ser professor não é apenas uma profissão: é missão (artigo de Jacir Venturi, publicado em 11 de outubro de 2018)
- O autoconhecimento na atuação do professor (artigo de Rosiane Cristina Batista, publicado em 7 de outubro de 2019)
- Educação é outra história (artigo de Fausto Zamboni, publicado em 3 de agosto de 2018)
Um estudo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) chegou a uma conclusão que, questionados sobre sua área de interesse, 80% dos entrevistados, entre 15 a 24 anos, citaram Meio Ambiente; 74% Medicina; Ciência e Religião ficaram empatadas com 67%; enquanto 62% mencionaram Esportes. O assunto que desperta menor interesse é a política, mencionada por 30% dos jovens. Independente dessas e de outras novas áreas de conhecimento que direcionarão as carreiras do futuro, o professor é a figura que se encontra no centro de toda essas estruturas da sociedade. É ele quem mostra o caminho, ensina a andar e, se necessário, carrega no colo.
Que possamos, hoje e sempre, nos lembrar daquele que nos deu tanto e recebe tão pouco de volta. Tenho certeza de que você se lembra de um professor ou professora que fez a diferença em sua vida. Pense em todo o trabalho que ele teve para poder estar ali quando você precisava. Para ser capaz de responder seus questionamentos ou ensiná-lo a encontrar as respostas. Está na hora de o reconhecermos com a importância a que tem direito. Está na hora de sermos gratos. Agradeça um professor hoje. Faça-o lembrar a importância de sua profissão para a sociedade.
Vanessa Zanoncini é supervisora Pedagógica Regional do Sistema de Ensino Aprende Brasil, do Grupo Positivo.
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