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Índices de produtividade da agricultura brasileira cresceram bem acima da expansão de área nas últimas quatro décadas
Índices de produtividade da agricultura brasileira cresceram bem acima da expansão de área nas últimas quatro décadas| Foto: Michel Willian /Arquivo Gazeta do Povo

A frase pode soar como um chavão, porém, é muito oportuno para o momento, e, em especial, no mês em que celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, já que temos demonstrado que a nossa produção agropecuária é a mais sustentável do mundo, como bem afirma Tirso Meirelles, presidente da Faesp.

De fato, uma reportagem que li recentemente comentava que esse dia também poderia ser considerado o dia do pequeno agricultor, que tanto preserva e cuida a terra. Infelizmente, hoje o ambientalismo tornou-se uma espécie de totalitarismo, onde o ambiente é absolutizado como fim, e não, efetivamente como meio relativo ao ser humano.

Em um mundo e principalmente em um país com a potencialidade do Brasil em termos de segurança alimentar, as políticas públicas deveriam se equilibrar entre proteger e projetar em função das próximas gerações, começando pela já existente.

Por outro lado, a verdade, ou pelo menos a sensatez, deveria orientar a informação, sem alarmismos ideológicos – ou melhor, utilitaristas –, o que também auxiliaria na tomada de decisões eficazes, eficientes e realmente sustentáveis. Nesse sentido, podemos afirmar que nosso agro tem enfrentado séria oposição, desde a falácia em apresentar incompatibilidade entre agricultura familiar e meio ambiente, passando pelo marco temporal e apropriação de zonas “florestais” até o escândalo da “ Arrozbrás”.

Talvez o agro possa ser uma ameaça por alguns pois preserva a família, a vida, a propriedade e a liberdade. Por outro lado, manipular um setor básico, com pseudo fundamentação ESG, é o primeiro passo para garantir a cadeia toda, preservado também o fim, como a indústria e os bancos, o que estamos vendo claramente na reforma tributária. Assim se apropria de toda economia de um país.

A força do agro é natural e, de certa forma divina, pois tanto depende do Criador, e, sua persistência, pela necessidade, resiste e encontra caminhos para seguir trabalhando a terra, cuidando devidamente o ambiente através dela, e assegurando, dessa forma, sustento, sustentabilidade e liberdade.

Por fim, a união entre as pessoas e o foco nelas como prioridade é o que efetivamente torna o agro forte. Disputas políticas ou de puro poder – que deve ser exercido também de forma democrática – não devem caber em um setor que necessita trabalhar com unidade e lealdade, pois dele depende a nação e seu desenvolvimento econômico e social.

Por essa razão, o lema da Federação de Agricultura de São Paulo, tão unida às demais federações, junto à Confederação Nacional de Agricultura, é tão apropriado: “Plante, cultive e colha a paz”. Essa é a força que vem do campo.

Angela Vidal Gandra da Silva Martins, professora de Filosofia do Direito da Universidade Mackenzie, é sócia da Gandra Martins Law, gerente Jurídica da Faesp, presidente do Instituto Ives Gandra de Direito, Filosofia e Economia e ex-secretária nacional da Família do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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