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Alunos da rede pública do Paraná.
Alunos da rede pública do Paraná.| Foto: Divulgação / SEED

Para todos os profissionais da educação, o começo de ano letivo é um marco importante porque traz a renovação da oportunidade de criar laços com os alunos e ajudar a construir histórias de vida. Especialmente em 2023, três anos depois de tantas mudanças abruptas por conta da pandemia e do ensino remoto, daremos início a mais um novo ciclo, agora com mais esperanças, mas, ainda, com muito trabalho pela frente.

Um dos últimos índices disponíveis pelo Ministério da Educação, o Saeb 2021 nos mostrou que não há espaço para desatenção. Avaliados, alunos do 2º ano do ensino fundamental apresentaram queda na média em leitura e escrita (de 750 pontos em 2019, o índice foi para 726). Em matemática, a queda foi de 9 pontos: de 750 para 741.

Temos muitos exemplos de superação e resiliência Brasil afora e é pelo futuro do nosso país que não podemos desistir.

Não há dúvidas de que a pandemia foi negativamente impactante nos nossos níveis educacionais. Por outro lado, tecnologia e adaptabilidade do ensino nos mostraram que podemos ser mais resilientes e obter êxito mesmo em meio às dificuldades.

Com a retomada das aulas nas redes públicas e privadas é preciso que se renovem as esperanças em melhorar a educação do país. Mas para isso é vital que exista muito empenho dos professores e de toda a comunidade escolar, além dos familiares e do próprio estudante.

Como educadora, creio que um dos maiores desafios é justamente retomar a rotina que tínhamos antes da pandemia e do isolamento social. Contamos, hoje, com a tecnologia como mais uma possibilidade relevante de aprendizado, ao mesmo tempo em que reforça o papel de facilitador do professor. Já a escola precisa reavaliar seus processos, fazer o possível para otimizar o cotidiano dos professores. É possível reduzir o escopo de tarefas desse profissional, por meio de ferramentas tecnológicas, para que ele tenha mais tempo de qualidade com os alunos.

É preciso ter em mente que passamos por momentos muito dolorosos, que deixaram, sim, cicatrizes, mas que o pior já passou. Ficamos muito tempo longe das salas de aula – segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira revelou que, ao todo foram 279 dias com escolas fechadas. Porém, esse é o momento de propormos reflexões e voltarmos ainda mais fortes, com mais gana de recuperar as perdas de aprendizagens.

Temos muitos exemplos de superação e resiliência Brasil afora e é pelo futuro do nosso país que não podemos desistir. É preciso somar esforços – pais, mães e responsáveis – para que junto de nós, educadores, professores e todos que fazem uma escola funcionar, com um objetivo comum de melhorar a educação brasileira, porque é ela quem trará oportunidades melhores e reduzirá as desigualdades do país.

Regina Alves é pedagoga e fundadora da Rede Decisão.

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