É estarrecedor o desalinhamento dos discursos de Lula com a realidade do país. As sandices regurgitadas pelo representante maior da esquerda seguem na contramão de países avançados e de democracias sólidas. Enquanto a imprensa abstêmia do dinheiro público fecha os olhos para o plano de destruição do Brasil, ministros do STF contribuem para criar o movimento da tolerância da opinião pública com a sordidez e mandam o recado: corrupção no Brasil não é roubo. É forma de governo e os corruptos soltos exprimem a celebração da liberdade. Uma forma sutil de oportunismo indecente para criar o “ladrão do bem”. A conta é fácil. Quem hoje em dia exalta as decisões do STF? O cidadão de bem?
Vestido num terno distinto como se a indumentária fosse condição de caráter, o preposto do PT participa de sabatinas e entrevistas desenvoltura. O “enrolês” típico dos embusteiros profissionais expõe o primitivismo e a estreiteza intelectual. Dessa vez o PT nem se deu ao trabalho de camuflar o plano de afundar o Brasil, inspirado em modelos de governos socialistas decadentes e em colapso como Cuba, Venezuela e Argentina.
O propósito da esquerda escancara a ideologia de gênero nas escolas e a sexualização precoce das crianças, liberação do aborto, tolerância com o crime organizado e liberação das drogas, desarmamento da população, regulação da mídia, censura à opinião, venda dos ministérios, financiamento de ditaduras em outros países,achincalhamento dos símbolos nacionais, leilão da soberania do Estado.
Entre as propostas para o retrocesso da República está a criação de 10 ministérios, além dos 23 existentes. Parece até descrição de disciplinas escolares, mas não é. Trata-se de pastas à espera de administrações dos amigos de Lula. Ministério da Mulher, da Igualdade Social, dos Direitos Humanos, Ministério do Índio, da Pesca, Cultura... Opa, faltou ainda o Ministério do Boteco – mas esse, pendura direto na conta do cidadão. E a reforma administrativa que vá às favas no País das Maravilhas. É o “cabidão” do Lula no trio elétrico da roubalheira a postos para dominar a máquina. Haja imposto para sustentar as benesses do super setor público que vem por aí.
O discurso também ataca o agronegócio, responsável por quase 1/3 do PIB nacional. A ideia genial é seguir o exemplo da Argentina e forçar a redução da exportação de carne para baixar os preços – o que resultaria rapidamente no desinteresse do mercado, seguido de desabastecimento, aumento de preços, corte na cadeia de distribuição internacional e desemprego. As reformas da Previdência e trabalhista também estão na mira da turma do xilindró, que pretende fortalecer os sindicatos voltando a onerar a vida do trabalhador. A onda de invasões e saques às voltará ao noticiário diário. O MST poderá destruir plantações e abater o gado de forma cruel, agora com o aval do governo. Na área urbana, terá o reforço de Boulos para invadir residências em nome dos “companheiros”.
Em meio ao baile da desgraça, não faltam os animadores da festa. A turma dos artistas sinalizadores de virtudes e viúvos dos recursos advindos do povo decidiu salvar o país com o mantra do “vira” para ver se chama a Lei Rouanet de volta. É o “roda, roda, vira. Roda, roda, vem. Com Lula na cultura, a mamata logo vem”. Sem poder expressar opiniões e pensamento crítico, só restará ao cidadão o entretenimento – voltaremos ao pão e circo. Nada contra a cultura, necessária e acalento que harmoniza a sociedade, mas o excesso de ilusionismo político cultural asfixiou verdades e amorteceu os brasileiros por mais de 30 anos.
O programa surpresa de Lula é o golpe final contra o Brasil. Bonitinho por fora e soviético por dentro. Os brasileiros dormirão às margens plácidas e acordarão com o hasteamento da bandeira vermelha e sob o hino da Internacional Socialista – símbolo comunista ressoado em ditaduras do mundo todo e hit preferido de Geraldo Alckmin. Não é preciso olhar pelo retrovisor para repudiar a volta do PT ao poder, basta acompanhar o esboroamento da Argentina, Venezuela, Chile, Colômbia e Nicarágua. Lula é a caricatura dantesca do socialismo e o retrato do Brasil que não dá certo. Da pátria que ocupa os piores lugares no ranking de educação mundial, do país onde o empresário que gera emprego é o vilão porque um cidadão precisa empobrecer para enriquecer o outro. Da democracia das minorias. Da roubalheira institucionalizada.
O que está em jogo não é só o livre mercado aplicado em países avançados, mas a recuperação do processo decisório dos poderes no Brasil, que se perdeu com o massacre da liberdade de expressão e o estrangulamento da democracia. O que está em jogo é o fim da América do Sul que você conhece.
Nesta eleição 20,9% dos eleitores não foram às urnas. Votos brancos e nulos somaram 4,20%. A omissão na hora de votar é o desrespeito aos milhões de brasileiros que não são coniventes com as mazelas do passado. O voto nulo ou branco não anula as eleições, mas pode, sim, influenciar o pleito. Cabe ao eleitor definir se quer um país livre e democrático ou ser um preso voluntário atado aos grilhões da tutela do Estado e da velha política corrosiva que a tudo destrói. Não cabe ao Brasil que renasce, o erro da filosofia lúgubre do atraso.
Rose Rocha é jornalista e cursa Ciência Política.
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