Neste momento, em que o governo Michel Temer se vê em uma situação incômoda, compreende-se, mais uma vez, que a crise política é a grande responsável pela crise econômica vivida pelo Brasil nos últimos 24 meses, a maior dos últimos 30 anos.
A fartura na distribuição de dinheiro público para a compra de apoio através das emendas parlamentares transformou-se num vergonhoso balcão de negociatas, em que partidos são comprados pelo peso – sem balança – de políticos que apoiam o governo. Parlamentares, em sua maioria, parecem mais preocupados em salvar suas cadeiras no Congresso, ao mesmo tempo em que assistimos ao aumento do rombo nas contas do governo causadas pela má gestão em anos passados e, é claro, pelas falcatruas tão fartamente denunciadas por empresários também corruptos.
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Agora, em mais uma medida de emergência (para não dizer desespero), vem o governo anunciar o aumento dos tributos sobre combustíveis, com novas alíquotas do PIS e Cofins, além de sinalizar também com aumento da Cide. O aumento dos combustíveis afeta, de uma forma geral, quase todos os setores da economia e penaliza o consumidor final, uma vez que o Brasil, sem sistemas de transporte ferroviário e hidroviários relevantes, depende quase exclusivamente do transporte rodoviário, com consequente encarecimento do custo dos produtos transportados.
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Às 15 horas desta quinta-feira, 20 de julho, o Impostômetro da Associação Comercial marcava 1 trilhão e 195 bilhões de reais, o total arrecadado desde primeiro de janeiro pelo governo.
Todo aumento de impostos é sempre nocivo para a economia – portanto, não pode ser bem vindo, independente das justificativas apresentadas pelo governo.
Novamente a população e as classes produtoras pagam a conta, sabendo que hoje são os combustíveis, mas que amanhã podem ser surpreendidos com outras majorações. Impedir o rombo fiscal é necessário, mas que o governo arrume suas contas sem aumentar impostos, pois resta claro que o aumento da carga tributária significa mais dificuldades para os empresários e mais recessão.
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