| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O socialismo é uma ilusão: promete a Noruega e entrega a Venezuela. Trata-se de um dos maiores equívocos da história humana. Na prática, o socialismo é a negação da liberdade e a opressão do homem pelo Estado. Responsável pelo assassinato de mais de 100 milhões de pessoas ao longo de sua nefasta história, o socialismo fracassou em todas as nações em que foi implantado, levando à pobreza e à tirania. Mesmo reprovado pela história, o regime ainda tem adeptos, parte deles bem-intencionados, iludidos por utopias e mentiras.

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Logo que implantado, o regime traz benefícios para as camadas mais pobres pela distribuição forçada de riquezas, seguida, invariavelmente, de desestruturação dos meios de produção e, consequentemente, pobreza. Exemplos não faltam do desastre socialista, como a antiga União Soviética, o antigo modelo comunista chinês, a atual Coreia do Norte ou, com todo o respeito à sua população, uma massa falida de famintos chamada Venezuela onde, hoje, se comem cachorros de rua para sobreviver.

A ideia socialista de que o governo cuidará das pessoas nos leva a uma pergunta simples: com que recursos? Claro, o dinheiro dos impostos. E de onde vem o dinheiro dos impostos? Das pessoas! Então, concluímos que a coisa está mais para as pessoas cuidando do governo que para o governo cuidando das pessoas. Afinal, somos nós que pagamos a conta da desmedida máquina estatal brasileira e dos privilégios de seu alto funcionalismo – incluindo, para muitos cargos, além dos altos salários, auxílio-terno, auxílio-moradia, auxílio-escola, verba para combustível, auxílio-livro, verba para passagens aéreas, verba para dezenas de assessores, férias de dois meses, carro oficial com motorista, planos de saúde e dentários ilimitados, entre muitos outros.

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Somos nós que pagamos a conta da desmedida máquina estatal brasileira e dos privilégios de seu alto funcionalismo

Quem cuida de quem, afinal? Para que existem governos? Arrisco dizer que, em muitos casos e historicamente, no Brasil os governos existem para si mesmos. A justificativa do financiamento dos governos com nosso dinheiro é que a de que os governos servem à população. Em alguma medida, todos o fazem, mas, salvo honrosas exceções, os governos muito mais se servem da população do que servem a ela.

É preciso ter em mente que governo não é receita, é despesa. Governo não é fonte de riqueza, é uma despesa necessária, mas que deve ser tão pequena quanto possível. O papel do governo é garantir a cidadania por meio da educação, da saúde e da segurança pública, e proporcionar um ambiente macroeconômico favorável para as empresas. O resto a iniciativa privada fará.

Quem tem um bom emprego ou negócio não precisa de programas sociais. Quem gera empregos, renda e oportunidades sustentáveis é a iniciativa privada, e não o governo. O governo jamais deveria ser o protagonista da economia. A iniciativa privada faz isso muito melhor. O governo deve ser um coadjuvante no processo econômico – evidentemente, um coadjuvante importante, tão importante que, se for omisso, promoverá o caos. Mas, se for excessivamente presente, promoverá catástrofes econômicas e humanas, como a Venezuela.

Rodrigo Constantino: O fenômeno Bolsonaro (publicado em 7 de outubro de 2018)

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Leia também: Os eixos do governo Bolsonaro (editorial de 19 de novembro de 2018)

Dennis Prager escreveu: “Quanto maior o governo, menor o cidadão”. A eleição do capitão Bolsonaro e do general Mourão dá início a uma mudança de mentalidade de enorme importância para o Brasil. Oriundos dos quartéis, estes homens vivem os saudáveis valores militares do patriotismo, honestidade, austeridade, disciplina, hierarquia e cumprimento da missão. Há quanto tempo isso não é visto em Brasília?

A eleição de Jair Bolsonaro e de muitos militares é o começo de um processo de libertação. O discurso socialista é bonito e faz promessas atraentes. A experiência, porém, mostrou que ele não é viável e desmorona em pouco tempo, não sem antes deixar um rastro de sangue. Milhões foram assassinados por discordarem das utopias e ilusões desse entrave ao desenvolvimento humano.

Após décadas de equívocos, o Brasil abraça uma mentalidade de liberalismo econômico associada a tradicionais valores militares. É uma combinação vitoriosa. A despeito da turma do contra, com saudades do Muro de Berlim, o Brasil segue, agora, o caminho para seu lugar de direito na constelação das nações, o lugar de uma grande potência.

Alan Schlup Sant’Anna é escritor e palestrante.