Imagem ilustrativa.| Foto: Shutterstock
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Com o objetivo de promover melhorias em todos os âmbitos que dizem respeito ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, principalmente educacional e social, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) instituiu 21 de março como o Dia Mundial da Infância. Essa data não deve ser mais uma no calendário, mas precisa nos levar a uma reflexão profunda sobre mudanças para melhor acolhimento dos pequenos.

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Vivemos em uma realidade de extremos em que, de um lado, estamos no auge da tecnologia, com ferramentas inovadoras que ajudam professores e alunos a avançarem no ensino e aprendizado; do outro, números preocupantes de crianças que estão fora das escolas, sem direito a ensino.

Pesquisa divulgada pela Unicef em setembro de 2022 aponta que 11% das crianças e adolescentes não frequentam a escola, ou seja, 2 milhões delas estão sem acesso ao ensino básico. Os motivos variam entre ter que trabalhar fora, não conseguirem acompanhar o ensino em sala de aula ou por considerarem a escola desinteressante e pouco útil.

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Esses números são alarmantes e mostram um cenário de total urgência. Além do mais, os motivos alegados pelos entrevistados confirmam que o país precisa se mobilizar para tornar o ensino mais acessível e menos burocrático, assim como também, as escolas, um ambiente mais acolhedor. Nesse sentido, embora tenhamos muitas questões envolvidas, uma das formas de amenizar a evasão escolar é treinar os docentes para que sejam mais envolvidos com o desenvolvimento dos alunos que com questões burocráticas impostas pela legislação vigente. Essa aproximação fará com que o professor identifique melhor os déficits de aprendizados dos alunos e dê a ajuda necessária para o seu progresso. A família também desempenha um papel fundamental para que a criança exerça o seu direito ao ensino.

Que nos próximos anos o Dia Mundial da Infância possa ser celebrado com mais crianças e adolescentes se desenvolvendo nas escolas, sentindo-se acolhidos e, acima de tudo, usufruindo de seus direitos como cidadãos.

Regina Alves é pedagoga e fundadora da Rede Decisão.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]