Com o objetivo de promover melhorias em todos os âmbitos que dizem respeito ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, principalmente educacional e social, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) instituiu 21 de março como o Dia Mundial da Infância. Essa data não deve ser mais uma no calendário, mas precisa nos levar a uma reflexão profunda sobre mudanças para melhor acolhimento dos pequenos.
Vivemos em uma realidade de extremos em que, de um lado, estamos no auge da tecnologia, com ferramentas inovadoras que ajudam professores e alunos a avançarem no ensino e aprendizado; do outro, números preocupantes de crianças que estão fora das escolas, sem direito a ensino.
Pesquisa divulgada pela Unicef em setembro de 2022 aponta que 11% das crianças e adolescentes não frequentam a escola, ou seja, 2 milhões delas estão sem acesso ao ensino básico. Os motivos variam entre ter que trabalhar fora, não conseguirem acompanhar o ensino em sala de aula ou por considerarem a escola desinteressante e pouco útil.
Esses números são alarmantes e mostram um cenário de total urgência. Além do mais, os motivos alegados pelos entrevistados confirmam que o país precisa se mobilizar para tornar o ensino mais acessível e menos burocrático, assim como também, as escolas, um ambiente mais acolhedor. Nesse sentido, embora tenhamos muitas questões envolvidas, uma das formas de amenizar a evasão escolar é treinar os docentes para que sejam mais envolvidos com o desenvolvimento dos alunos que com questões burocráticas impostas pela legislação vigente. Essa aproximação fará com que o professor identifique melhor os déficits de aprendizados dos alunos e dê a ajuda necessária para o seu progresso. A família também desempenha um papel fundamental para que a criança exerça o seu direito ao ensino.
Que nos próximos anos o Dia Mundial da Infância possa ser celebrado com mais crianças e adolescentes se desenvolvendo nas escolas, sentindo-se acolhidos e, acima de tudo, usufruindo de seus direitos como cidadãos.
Regina Alves é pedagoga e fundadora da Rede Decisão.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura