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Li uma pesquisa de um instituto de opinião que mostra que quase 50% dos brasileiros, homens e mulheres dos diversos segmentos sociais e faixa etária, com curso superior, disseram preferir votar em um candidato que não seja político de carreira. Especulam que o empresário Roberto Justus possa ser este candidato. Outros deverão aparecer. O efeito Trump repercute por aqui. Mas já imaginaram como seria o “sonho” de um candidato independente – poder governar sem ser submisso a partidos ou às velhas raposas de sempre? Sem ter de jogar o velho e sujo jogo político? Fiquei imaginando como seria um governo sob meu comando se, como candidato independente, fosse eleito presidente do Brasil em 2018.

Claro que teria de compor com o Congresso. Mas, como candidato independente e com o respaldo popular, governaria como se o país fosse uma empresa privada, Brasil S/A. Como toda e qualquer empresa bem estruturada, seguiria os princípios da governança corporativa, baseados na transparência e na ética, com pessoas competentes e comprometidas com resultados positivos e superavitários, e em benefício da nação.

Começaria com a redução drástica de ministérios, com ministros fichas-limpas, competentes, idôneos, com compromisso apenas com o país, não com grupos políticos ou com seu próprio umbigo. Todos os cargos de confiança deixariam de ser assaltados por grupos ou partidos políticos. Apenas pessoas capazes seriam contratadas para postos-chave. Acabaria com esse toma-lá-dá-cá, o balcão de negócios. Reduziria drasticamente toda e qualquer mordomia ou supérfluo. Os aviões “exclusivos” seriam os primeiros a serem vendidos.

A cooperação internacional seria com países desenvolvidos, ricos e democráticos

Exigiria o fim de expressões ridículas e falsas dos congressistas, como usar “Vossa Excelência”. Eles deveriam se comportar como civilizados e se chamar apenas por “você” ou, no máximo, “senhor(a)”.

Veria quem efetivamente trabalha e quem apenas coloca o paletó na cadeira ou nunca aparece para trabalhar, e faria uma varredura em todos os cargos e salários públicos. Outra varredura seria feita em todas as aposentadorias, uma auditoria para acabar com abusos e excessos. Nada de distinção entre aposentadoria do setor público e privado.

Incentivaria a economia através da livre concorrência e do livre mercado, e reduziria a burocracia ao máximo para abrir ou fechar empresas. Estimularia a estrutura para que os empregos gerados não fossem ilusões passageiras. Acabaria também com subsídios injustos. Incentivaria o planejamento, com combate total à inflação e a devolução da dignidade aos brasileiros.

Sairia do Mercosul, uma opção de atraso, e de parcerias com países ditatoriais, que levam nosso dinheiro para investir em infraestrutura em suas fronteiras; nossas necessidades de infraestrutura são enormes. A cooperação seria com países desenvolvidos, ricos e democráticos. Diminuiria as embaixadas, usinas de mamatas e sorvedouro de dinheiro público.

Instalaria comitês de notáveis com amplo conhecimento, sem influência política, nas áreas que necessitam de reformas a serem implementadas – reforma trabalhista, política, tributária, previdenciária e do Judiciário, entre outras. Acabaria com as bolsas-esmolas, com as quais muitos malandros vivem à custa do Estado e dos demais brasileiros. Faria o mesmo com as tais cotas. Isso é racismo velado; afinal, não somos todos iguais perante a lei? Apenas os competentes e preparados teriam vez.

Diminuiria a idade mínima para os jovens responderem por seus atos, assim como para trabalhar mais cedo. Fortaleceria o Exército e aparelharia as polícias para serem implacáveis contra o crime e o tráfico de drogas. Valorizaria os professores e os remuneraria bem, dentro de suas competências.

Aceitaria as greves. Mas toda e qualquer paralisação provocaria dias de salários descontados dos participantes. E nem pensar em quebra-quebra: os participantes seriam duramente reprimidos e responsabilizados por seus atos. Da mesma maneira com invasões a prédios públicos ou a propriedades privadas. Acabaria com a festa dessa imensidão de sindicatos e ONGs que não ajudam em nada, e igualmente são sorvedouro de dinheiro para benefícios de alguns poucos.

A Justiça teria a obrigação de se tornar mais célere, sem esperar as ações prescreverem. Melhoraria as condições dos presídios, proporcionado condições mais dignas àqueles que pagassem por suas penas.

Saúde, educação, segurança e infraestrutura seriam prioridades do meu governo, de forma concreta e não só em discursos. Seria um governante democrático, mas enérgico, sem mimimis. E extinguiria o tal “jeitinho brasileiro”, praga nacional e coisa de malandro que quer viver nas costas dos outros. Enfim, restauraria o orgulho dos brasileiros, para possibilitar que fosse realmente um “país do futuro”.

Cláudio Slaviero é empresário e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná.
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