É de conhecimento de todos que a situação econômica mundial tem afetado todas as empresas. Com os Correios não é diferente. De janeiro a outubro deste ano, a receita total apresentou crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2014, totalizando R$ 15,557 bilhões. No entanto, as despesas acumuladas no mesmo período ficaram em R$ 16,904 bilhões. Temos consciência de que nosso principal desafio é enfrentar o déficit para equilibrar as contas e voltar a crescer já no próximo ano.

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Iniciamos nossa gestão cortando custos e promovendo medidas para o aumento das receitas. De imediato, revisamos os salários da diretoria, suspendemos o aumento das funções e corrigimos as tarifas dos serviços postais, como cartas e telegramas, que estavam defasadas. O reajuste é de centavos, que não oneram a população nem impactam a inflação, mas são de grande importância para nosso equilíbrio fiscal. Aliás, a tarifa postal brasileira é a quinta mais barata do mundo.

Também criamos uma força-tarefa, com a participação dos trabalhadores, que tem prazo até o dia 29 de janeiro de 2016 para definir cortes e otimizar recursos, tais como revisão e renegociação de contratos de aluguel de imóveis; diminuição dos valores de patrocínios e publicidade; e extensão do prazo de renovação da frota de veículos e de mobiliário, entre outros. As entregas matutina e alternada de correspondências também estão previstas.

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Nosso principal desafio é enfrentar o déficit para equilibrar as contas e voltar a crescer já no próximo ano

Além disso, para incrementar nossa receita e enfrentar a concorrência, vamos atuar em duas vertentes: diversificar os produtos e serviços e qualificar a atuação da nossa rede de agências, por meio de novas parcerias que permitam aprimorar nosso portfólio e atender cada vez melhor a população.

Nesse sentido, vamos fortalecer os Correios, ampliando nossa atuação no segmento postal financeiro, oferecendo serviços como microcrédito e seguro, e atuar com comunicação multicanal digital, pois, embora ainda não seja uma realidade no Brasil, a redução no volume de correspondência física é uma tendência sentida em outros países. Outro projeto diz respeito à atuação dos Correios como uma operadora de telefonia móvel celular, o MVNO. Apostamos, ainda, no plano de expansão para outros países e no fortalecimento do setor de logística, que nos apresenta um imenso desafio no próximo ano, quando realizaremos a operação logística dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A expectativa é de que esses projetos tragam receitas, rentabilizando a imensa rede que os Correios possuem em todo o Brasil e garantindo sua sustentabilidade.

É um grande desafio, mas contamos com a experiência e o valor dos 120 mil trabalhadores para sermos bem-sucedidos. Assumo o compromisso com nossos clientes e com a sociedade de que os Correios voltarão a crescer e a dar lucro. Em breve, comemoraremos esse resultado positivo e dias melhores para essa tão admirada instituição.

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Giovanni Queiroz é presidente dos Correios.