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Os regimes de censura encontraram alguém à altura em Elon Musk?
A discussão sobre gangues de estupro em massa no Paquistão operando impunemente no Reino Unido explodiu na semana passada, embora a história já tenha mais de uma década.
Os detalhes são horripilantes e profundos. É difícil imaginar algo assim acontecendo em tal escala por tanto tempo. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, está em maus lençóis, pois seu Partido Trabalhista está tentando desesperadamente impedir um novo inquérito nacional sobre o assunto.
Starmer foi reduzido à mensagem mais preguiçosa e encenada; ou seja, que fazer perguntas sobre as gangues de pedófilos e estupros que operaram por anos enquanto as autoridades faziam vista grossa faz de você parte da assustadora "extrema-direita".
No entanto, como algumas pessoas dizem online: “Extrema-direita” é um substituto para “direita até agora”.
Francamente, cada pessoa e instituição envolvida em varrer o problema para debaixo do tapete nunca mais deveria se envolver em liderança pública. Eles trouxeram infâmia para seu país e mancharam suas almas. Que vergonha para todos eles.
Talvez agora as vítimas desses crimes hediondos recebam pelo menos a pequena quantidade de justiça que merecem, ainda que tardiamente.
O que está acontecendo no Reino Unido, à medida que essa discussão sobre imigração e o fracasso das instituições se intensifica, é parte de uma história muito maior.
O que Musk fez foi essencialmente forçar um debate político ao estilo americano no Reino Unido e, ainda mais profundamente, em um continente europeu que não só não tem uma cultura de liberdade de expressão de longa data, mas tem tentado ativamente fazer mais para censurar seus próprios cidadãos nos últimos anos.
Basta ouvir o quão chocada Jessica Phillips, a deputada trabalhista que inicialmente encerrou o inquérito sobre as gangues de estupradores, ficou quando foi acusada de dar suporte aos aliciadores.
Ela disse sentir como se seu mundo estivesse sendo virado "de cabeça para baixo". Ah, sim, milhares de meninas, algumas com no máximo 11 anos, foram estupradas repetidamente, mas alguém não pensa nos pobres políticos!
O establishment político do Reino Unido não está acostumado a lidar com esses tipos de desafios e acusações diretas. O mundo deles realmente está sendo virado “de cabeça para baixo”.
Musk de repente elogia o partido alemão AfD, que apoia restrições à imigração — e, de modo geral, injetar a questão da imigração em países da União Europeia que passaram décadas tentando acabar com o debate sobre o assunto — é um choque sísmico para o sistema.
De uma perspectiva americana, isso pode ser difícil de entender. A maioria dos americanos foi criada em uma cultura que abraça algo próximo à liberdade de expressão absolutista, mesmo que não seja isso que temos na prática.
Certamente, para muitos europeus, cujo discurso sobre a questão da imigração foi silenciado, esta deve ser uma mudança revigorante.
A plataforma de mídia social X está colidindo diretamente com os regimes de censura da Europa, e agora mesmo está rompendo. Não pense que esses regimes não vão contra-atacar
Para países da UE, como Alemanha e França, que controlam rigorosamente a liberdade de expressão em nome da "segurança" pública e não têm nada parecido com a Primeira Emenda, impor a seus países debates que antes eram considerados fora de questão é visto como uma ameaça existencial.
Políticos europeus e muitos de seus meios de comunicação mais poderosos e estabelecidos estão agora indignados com a "interferência" de Musk em seus sistemas políticos.
O presidente francês Emmanuel Macron fez uma crítica a Musk em um discurso na segunda-feira .
“Dez anos atrás, quem poderia imaginar se nos dissessem que o dono de uma das maiores redes sociais do mundo apoiaria um novo movimento reacionário internacional e interviria diretamente nas eleições, inclusive na Alemanha”, disse ele.
A UE está considerando regulamentar o X para impedir que Musk impulsione partidos “populistas”.
Esses países podem ir ainda mais longe. Há especulações de que Starmer e outros líderes europeus podem cortar laços com os EUA sobre a questão Musk porque o empreendedor está muito alinhado com o presidente eleito Donald Trump.
Tenha em mente que a UE não se importa que X possa manipular debates políticos em seus países. Eles estão perfeitamente felizes usando empresas de Big Tech para moldar a opinião pública e reprimir a dissidência. O que eles realmente detestam e temem é que não podem controlar o homem cuja plataforma de mídia social se tornou uma espécie de jornal global.
É bom que um homem e uma plataforma de mídia social tenham tanto poder? No geral, eu diria "não", embora esteja feliz com os resultados até agora.
Não deveríamos precisar do deus ex machina, de um bilionário desonesto para restaurar alguma aparência de liberdade de expressão no Ocidente.
Mas agora é assim que as coisas estão.
Starmer, Macron e outros líderes mundiais estão lutando para colocar uma tampa em um ambiente de mídia que mudou radicalmente. E como o observador histórico francês da vida americana Alexis de Tocqueville observou há muito tempo, os países que suprimem o livre debate e a expressão e a verdade têm mais probabilidade de explodir em revolução quando a verdade for revelada.
©2024 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: How Musk’s X Is Turning Europe’s Censorship Regimes ‘Upside Down’
