É difícil de acreditar que, apenas dois anos atrás, a economia norte-americana estava cambaleante, sem nenhum sinal de recuperação robusta à vista. Sem qualquer sombra de dúvida, o fator preponderante nesses últimos dois anos tem sido o presidente Donald Trump.
Vamos aos dados. De 2009 a 2014, a renda média caiu como um todo. Ela subiu algumas vezes entre 2012 e 2014, mas a tendência de médio prazo era deprimente. O motivo? As regulações e impostos do presidente Barack Obama estavam manietando nossa economia.
Muitas de suas políticas tinham como o objetivo resolver injustiças sociais em vez de promover crescimento. Obama argumentava que era uma injustiça o fato de nem todos os americanos terem um plano de saúde, e que os CEOs ganhavam centenas de vezes mais que o trabalhador médio. Também era uma injustiça que bancos e grandes negócios se aproveitassem de seus clientes e consumidores.
Obama convenceu o Congresso a aprovar o Obamacare em 2010; como resultado, 6% da população que não tinham um plano de saúde passaram a ter. Mas o Obamacare trouxe junto novos impostos – 21, para ser preciso – que ajudaram a reduzir a renda da classe média, retardando o crescimento econômico.
As regulações e impostos do presidente Barack Obama estavam manietando nossa economia
O Obamacare também forçou empregadores a bancar planos de saúde para todos os funcionários em tempo integral, ou então pagar uma multa que podia chegar a US$ 3 mil por empregado. Isso aumentou o custo da mão de obra, mais uma vez afetando negativamente a economia. Como Obama definiu que um “funcionário em tempo integral” era qualquer um que trabalhasse mais de 30 horas por semana, os patrões começaram a contratar gente para trabalhar em meio período. Isso reduziu a renda das famílias e reduziu o crescimento.
O presidente Obama também tornou os cortes de impostos de Bush filho, feitos em 2001, permanentes para todos os americanos – exceto para os que ganhavam mais. Para eles, a carga tributária subiu 10%. Isso reduziu a quantidade de dinheiro circulando em nossa economia por meio de investimentos, mais uma vez desacelerando o crescimento e afetando a renda do cidadão.
Obama também disse que a crise financeira era resultado de empréstimos predatórios feitos pelos bancos. Isso ocorria quando as famílias tinham toda a liberdade para fazer hipotecas que simplesmente não tinham como honrar. Já que Fannie Mae e Freddie Mac, que eram garantidas pelo governo, estavam comprando essas hipotecas dos bancos, eles faziam tais empréstimos. O presidente convenceu o Congresso a aprovar a lei Dodd-Frank, que freou os empréstimos predatórios dos bancos. O problema é que a legislação também reduziu qualquer outro tipo de crédito, afetando o crescimento da economia e resultando no fechamento de inúmeros pequenos bancos – e, de novo, reduzindo a renda média familiar.
Não surpreende que Obama tenha sido o único presidente na história americana a jamais ver seu país crescer mais de 3%. A economia cresceu, em média, apenas 2% em seus dois mandatos, porcentagem à qual Obama se referiu como sendo “o novo normal”.
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Trump rejeitou de imediato esse “novo normal”. Ao tomar posse, em janeiro de 2017, ele passou boa parte dos dois meses seguintes revertendo a maioria das regulações contraproducentes da era Obama. Em abril de 2017, a economia já estava crescendo a saudáveis 3%, taxa que desde então tem sido mantida, ou até subiu.
No fim de 2017, Trump tinha convencido o Congresso a reduzir impostos para todos os americanos, incluindo aqueles que ofertam o capital: as corporações e os que ganham muito. Desde abril de 2018, a economia está bombando, crescendo a taxas de mais de 4%.
Esse crescimento reduziu o desemprego, aumentou a porcentagem de americanos na força de trabalho, aumentou o número de empregados de meio período que agora acham trabalho em tempo integral, fez os salários subirem e baixou a taxa geral de desemprego. Tudo isso vai aumentar a renda familiar, que deve chegar a um patamar recorde no fim de 2018.
Alguns já disseram que a maior parte do crescimento vai parar nas mãos dos que já ganham mais. Independentemente do quanto eles estejam ganhando (e eles certamente estão ganhando bastante), os fatos são cristalinos: mais de 700 empresas elevaram os salários pagos a seus empregados, deram bônus e outros benefícios a seus funcionários por causa da reforma tributária.
Como afirmou outro presidente, John Kennedy, “uma maré em alta eleva todos os barcos”. Está acontecendo. Por que tentaríamos algo diferente?