Neste momento da história, em que se enfrenta uma grave crise econômico-sanitária, o Movimento Pró-Paraná segue mais atuante do que nunca, com a certeza de que, passada a tempestade, teremos de reerguer a economia com a melhor infraestrutura possível. Instalado oficialmente em 2001, o Movimento celebra 20 anos neste 2021. São duas décadas construindo pontes pelo estado. Não as de concreto e aço, mas as que proporcionam a união de diversas entidades da sociedade civil em causas que trazem desenvolvimento para o nosso estado.
Duas das causas pelas quais trabalhamos são, literalmente, pontes. Uma delas, já em adiantada construção, é a segunda ligação por via terrestre entre Brasil e Paraguai, em Foz do Iguaçu. A articulação do movimento, envolvendo os governos estadual e federal e Itaipu Binacional, tornou a empreitada possível. Outra obra defendida em notas técnicas redigidas pelo movimento em parceria com o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e encaminhadas ao governador do Paraná é a ponte urbana sobre a Baía de Guaratuba, ligando a cidade homônima a Matinhos. Trata-se de uma antiga reivindicação dos habitantes da região, assim como a revitalização da orla litorânea de Matinhos e Pontal do Paraná, também tema de notas técnicas. Com as Cataratas do Iguaçu, o Paraná já está no mapa do turismo. Os investimentos no Litoral certamente contribuirão para ampliar a indústria do turismo – vocação natural do estado.
Para esse salto também é vital que a terceira pista do Aeroporto Afonso Pena seja construída o quanto antes. Antiga reivindicação dos setores produtivos do estado, a terceira pista não estava prevista inicialmente do edital de licitação do aeroporto. A mobilização das entidades civis foi fator chave para mudar a visão do governo federal. Com a pista adicional haverá significativo ganho para a operação aérea e na logística para pousos e decolagens.
Batalha semelhante se trava agora, buscando fazer com que o Ministério da Infraestrutura acolha as sugestões dos paranaenses quanto aos novos contratos de concessão de rodovia. Dos pareceres técnicos elaborados pelo Movimento nasceu uma proposta concreta entregue ao ministro Tarcísio Gomes de Freitas em abril. Em visão praticamente unânime, o governo estadual, as entidades paranaenses e todo o setor produtivo querem que as escolhas sejam pela menor tarifa do pedágio, sem limite de desconto e sem outorga.
Também pensando no interesse geral do estado, ratificamos o apelo da OAB Paraná para que as licenças-prêmio e outros novos benefícios para servidores não fizessem parte do novo Estatuto do Ministério Público; estamos atento às questões da produção de energia, elemento essencial para o desenvolvimento sustentável do estado; e também acompanhamos o ritmo da vacinação contra a Covid, com a convicção de que a proteção da vida é condição sine qua non para que a economia gire e proporcione bem-estar a todos os paranaenses.
Neste momento em que conta 20 anos de história, o Movimento Pró-Paraná celebra suas conquistas e renova sua disposição de seguir lutando pelo estado. Auguramos, sobretudo, que o movimento possa continuar a ser um polo agregador, um eixo de união que nos leve a caminhar juntos em busca do desenvolvimento almejado.
Marcos Domakoski é presidente do Movimento Pró-Paraná.
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