Historicamente, os planos de saúde nasceram para atender uma parcela insatisfeita com as coberturas assistenciais gerenciadas pelo poder público. De sua criação aos dias de hoje, a prática da medicina passou por grandes evoluções, obrigando também as operadoras de saúde a mudarem seus produtos e serviços.

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Três são as principais causas dessa mudança: o envelhecimento da população e a consequente exigência diferenciada de atendimento para manutenção da saúde na terceira idade; a substituição da medicina humanística por uma prática mais tecnicista com foco em exames de diagnóstico cada vez mais sofisticados e, por fim, o maior acesso à informação, que levou pacientes a exigirem a realização de exames e tratamentos muitas vezes desnecessários com base em dados levantados pela internet e outros materiais não científicos.

Juntos, esses fatores acabam provocando o encarecimento dos custos com a saúde, em geral mais que o dobro do índice de inflação. Neste quesito, sofre tanto o governo como o setor privado. Afinal, as entidades e o poder público precisam de maior receita para poder arcar com exames e procedimentos cada vez mais caros e muitas vezes solicitados sem necessidade por médicos, ou mesmo, pelos pacientes. Se por um lado o SUS acaba não conseguindo acompanhar por falta de verba a exigência dos pacientes, por outro, as operadoras precisam reajustar suas mensalidades periodicamente para se viabilizar economicamente nesse cenário.

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Mas é possível reverter essa situação, tornando as mensalidades mais acessíveis por meio da coparticipação. Neste modelo, uma modalidade com foco na segurança e prevenção, o consumidor paga apenas uma porcentagem sobre as consultas e exames realizados, quando necessários. Nos casos em que houver indicação, a internação ou procedimentos hospitalares – que estão entre os maiores gastos da saúde – não há qualquer tipo de despesa, são cobertos integralmente pelo plano de acordo com o contrato realizado.

A grande vantagem é que os beneficiários terão um gasto proporcional à sua utilização em vez de arcar periodicamente com uma mensalidade muitas vezes alta demais para um uso tão eventual do serviço. Por outro lado, o usuário também atua como fiscalizador da saúde, coibindo a solicitação desnecessária de exames diversos e questionando muito mais as atitudes médicas diante do seu caso. Fraudes podem ser descobertas, cobranças irregulares evitadas e o dinheiro do cliente melhor administrado por ele mesmo.

Obviamente, o mercado também ganha, pois pode atender uma parcela muito maior da população, graças ao custo reduzido dessa modalidade, além de ser beneficiado pela diminuição das práticas fraudulentas.

O principal resultado para o consumidor, sem dúvida, é uma qualidade de vida melhor, tanto pela redução de despesas fixas mensais com o plano de saúde quanto pela prevenção e cuidado que o próprio beneficiário passa a ter no seu dia a dia.

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