Medidas simples, mas que exigem liderança e sangue frio podem abreviar “pandemias” como a do Covid-19 sem fechar cidades, salvando vidas e empregos.
Após os 70 dias de confinamento e lockdown em Curitiba, não me surpreende o aumento do número de casos de infecção e óbitos atribuídos à Covid-19, após apenas pouco mais de uma semana de relaxamento das restrições; as bandeiras laranja ou vermelha de novas restrições não resolverão o problema. Aliás, só os aumentarão. O mesmo ocorre em outras cidades. A causa do aumento do número de casos é uma só: enfraquecimento da imunidade da população. Epidemias ou pandemias só terminam com a geração de anticorpos. Cruel realidade, ainda mais com a possibilidade de um de nossos queridos compor as estatísticas, mas é a natureza. E a situação precisa ser enfrentada com lucidez, coragem e assumir riscos, tal como em uma guerra convencional. Ninguém fica em casa, exceto idosos e frágeis. Todos vão às batalhas, ou ao trabalho, caso contrário, a derrota é certa. As cidades sob bombardeios não param.
Como federalista, sinto que devo contribuir com ideias que eu recomendaria, se gestor municipal fosse. A primeira delas seria conversar diretamente com a população, ouvindo-a, propondo e buscando soluções, antes de tomar quaisquer medidas, pois a cidade não é do prefeito. Nem os cidadãos, que querem soluções e rejeitam confinamentos, pois sabem o que isso representa: a economia quebrada e suas consequências pavorosas. A Covid não é o primeiro nem o último vírus a aparecer na vida humana! E há como salvar vidas e também os empregos da Covid-19.
Por receio da sobrecarga do sistema de Saúde, gestores municipais determinaram atendimento aos casos de Covid-19 nos postos de saúde e em hospitais, adiando os demais casos eletivos. Paradoxalmente, veem-se vários centros de saúde públicos e privados vazios. Seriam importantes apenas as doenças provocadas por Covid-19? E as demais? A solução para este problema sanitário parece-me simples demais para não ter sido notada: atendimento preventivo e profilático domiciliar, a partir de “quarteis de saúde” em cada uma das regionais, por meio de ambulâncias, ao custo médio de R$ 200 mil cada, diferente dos milhões gastos em hospitais de campanha. A convocação de uma equipe será feita por meio de aplicativo acionado pelo cidadão com algum problema de saúde. Se não for urgência, a equipe chegará em algumas horas e administrará a medicação necessária, sem politização e, até paga pela Prefeitura, se necessário. Só vai à internação hospitalar quem tiver de ir mesmo. E não apenas pelo novo coronavírus! Não faltarão leitos. Adeus sobrecarga do sistema e estouros dos cofres públicos.
Campanhas massivas de boa alimentação, suplementação de vitaminas e minerais e soluções naturais podem compor política pública simples, barata e eficaz, e que deve ser permanente. A prefeitura poderá até ajudar com cestas de suplementos vitamínicos e minerais aos necessitados.
As cidades precisam sair do “modo pânico”, as pessoas precisam a voltar a se relacionar, a produzir e consumir, fazer a “roda da vida” girar, a viverem livres e buscarem sua felicidade. Todos nós temos de assumir os riscos da vida, assim é desde quando nascemos. Não somos “baratas tontas”, como muitos políticos acreditam que sejamos. Temos plena capacidade de criarmos as condições para vencer cada novo desafio que surge ao longo da vida.
Thomas Korontai é empresário, autor (livros) e fundador e líder do Movimento Federalista (1991).
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