Há duas formas de iniciar uma gestão. A primeira é agir de imediato e implantar soluções para os desafios que se apresentam. A outra é apontar erros na gestão anterior para distrair a atenção das pessoas enquanto os resultados não aparecem. Quando assumi, em 2010, em substituição a Beto Richa, tomei o primeiro caminho. Acelerei o que estava previsto no plano de governo e busquei soluções para os novos desafios.
Foi assim, por exemplo, que nasceu o Ligeirão Azul, o maior e mais eficiente ônibus do planeta. E muitas outras soluções inovadoras vieram a partir dessa forma de pensar e agir. O Hibribus, o raio-x digital nas Unidades de Saúde 24 Horas, os três novos parques em implantação, o Hospital do Idoso, o Anel Viário Central, a nova administração regional do Tatuquara...
Ninguém faz nada sozinho. O mito do superprefeito não é nada além disso: um mito. Uma equipe ágil, criativa e competente é indispensável. Assim como é fundamental ouvir a população, o que fizemos de forma permanente nas audiências públicas. Um processo assim precisa de um líder. Aí, sim, o prefeito faz a diferença. Afinal, cidades sem problemas não precisariam de prefeito. E o grande desafio de Curitiba, hoje, é a mobilidade.
Nós conquistamos, com o governo federal, R$ 1 bilhão a fundo perdido para o metrô. Para isso, apresentamos o melhor projeto técnico do país, na tradição da conhecida competência curitibana. Da mesma forma, estamos investindo perto de R$ 1 bilhão para obras de infraestrutura dentro do programa de melhorias urbanas que têm como foco a Copa de 2014. O evento colocará Curitiba nas telas de tevê de todo o mundo, atraindo turistas e investimentos. E os benefícios das obras serão definitivos entre eles, o enorme complexo viário da Avenida das Torres, onde fica o viaduto estaiado, que, quando pronto, resolverá um gargalo que estrangula dezenas de bairros.
Foi essa coragem que nos levou a realizar mais de 7,5 mil obras, das quais mais de 100 serão entregues em 2013. Esse conjunto enorme é o legado que deixamos para quem assume. Aliás, Curitiba encerrou 2012 como a capital mais desenvolvida do país, segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Curitiba é a capital que mais reduziu a pobreza no país, uma queda de 65%. Tem o menor desemprego, o maior salário médio e o 4.º PIB. Tem, ainda, a menor taxa de mortalidade infantil, graças ao mundialmente premiado Mãe Curitibana.
Hoje, temos a melhor educação básica do Brasil e abrimos quase 10 mil novas vagas em creches. Criamos a Virada Cultural, a Galeria de Luz e o renovado Portão Cultural. Fizemos os Clubes da Gente Bairro Novo e da CIC e 117 academias ao ar livre, além dos Clubes da Juventude do Eucaliptos e do Audi-União. Esporte e cultura combatem a droga e a criminalidade. E elevamos a nossa área verde de 51,5 m² para 64,5 m² por habitante.
Curitiba mudou de escala. E tudo isso só foi possível pelo contínuo zelo e modernização da máquina pública, atestada pelo prêmio Prefeito Inovador 2011, do Movimento Brasil Competitivo, que eu compartilho com cada servidor. Fizemos a nossa parte, pela qual sinto orgulho como curitibano. E, aqui, renovo os meus votos de sucesso para a nova gestão. É impossível ser curitibano sem querer o bem da nossa cidade. Muito obrigado, Curitiba!
Luciano Ducci, médico, foi prefeito de Curitiba entre 2010 e 2012.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026