Os torcedores mais antigos e a história do futebol registram que Curitiba esteve no centro das atenções do mundo ao ser uma das subsedes da Copa de 1950. Dois jogos nos dias 25, Espanha 3 x Estados Unidos 1; e 28 de junho, Suécia 2 x Paraguai 2 foram realizados naquele que à época era um dos mais modernos estádios do Brasil, o Durival Brito e Silva, também chamado de Vila Capanema.
A organização foi impecável e serve de base para a previsão de que, ao voltar a sediar jogos da Copa em 2014, a capital do Paraná dará grande contribuição para que o Brasil realize, como disse a presidenta Dilma, "a maior Copa do Mundo da História".
Os jogos desta feita serão realizados no estádio Joaquim Américo Guimarães, a Arena da Baixada, que leva na atualidade a mesma marca distintiva da modernidade. Como passará apenas por uma reforma, a praça de esportes estará apta a receber entre 16 e 26 de junho quatro jogos da primeira fase do torneio.
A excelência urbanística distingue Curitiba no rol de exigências da Fifa para que uma cidade receba a Copa. A empresa Match Hospitality, que serve à Federação do Futebol, já selecionou facilmente um conjunto de 74 hotéis recomendados para receber os turistas que demandarão a cidade. As obras de melhoramento da infraestrutura vão se limitar a reformas dos equipamentos existentes e à construção de corredor viário metropolitano.
Todavia, Curitiba vai ter a oportunidade, assim como as outras 11 subsedes da Copa do Brasil, de se beneficiar à larga dos efeitos multiplicadores de um evento de dimensões planetárias que atrai os olhos do mundo para os locais onde se realiza. Isso porque o torneio da Fifa excede ao caráter esportivo, que por si já o torna um evento cobiçado por todos os países em condições de hospedá-lo. Quando pleiteou a edição de 2014, o governo do Brasil, em parceria com a CBF, sabia que uma Copa do Mundo é uma usina de benefícios ao país-sede. Maximaliza e agiliza investimentos em equipamentos urbanos que, embora projetados para o torneio, permanecem como legados sociais à população.
A Copa gera investimentos de toda ordem e deixa nas cidades onde ocorrem os jogos melhorias e inovações nos setores de turismo, lazer, transportes, portos e aeroportos, além de progressos na indústria e telecomunicações, área de segurança e vendas excepcionais no comércio. A imagem do país é projetada a um nível global jamais alcançado, considerando que o público oscila em torno de mais de 3 bilhões de telespectadores.
Os curitibanos sabem disso, tanto que segundo levantamento da Paraná Pesquisa, publicado pela Gazeta do Povo, 72,82% dos entrevistados apoiam a Copa na cidade. Lamentando a ausência da Seleção Brasileira, a maioria torce para ver um jogo da Argentina mas não propriamente para assistir a uma vitória do time de Messi.
Aldo Rebelo é ministro do Esporte. E-mail aldo.rebelo@esporte.gov.br.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo