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Decisão do Congresso pelo fim das saidinhas reflete vontade da população

Saídas temporárias tiveram como consequência 1,4 mil fugitivos nas ruas do estado de São Paulo.
Saídas temporárias tiveram como consequência 1,4 mil fugitivos nas ruas do estado de São Paulo. (Foto: Divulgação/Governo de São Paulo )

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Ficou muito claro que a vontade da maioria do povo brasileiro é pelo fim do benefício conhecido como saidinhas, a permissão que o Estado concede ao preso para que ele possa sair da cadeia em datas específicas. Houve um clamor popular para que e legislação fosse alterada por conta dos inúmeros casos de agentes públicos e cidadãos que perderam suas vidas nas mãos de bandidos circulando livremente por meio desse passe. Uma licença oficial para voltar a praticar os mais diferentes tipos de crime.

Câmara e Senado votaram e aprovaram novas regras para as saidinhas, permitindo tão somente a saída para que o detento possa estudar ou trabalhar. Do contrário, é cumprir a integralidade da pena, sem concessões adicionais. A proposta seguiu para sanção do presidente da República, que devolveu o texto com vetos, mantendo esse benefício para a população carcerária.

Em nova sessão do Congresso Nacional, deputados federais e senadores derrubaram esses vetos e mantiveram o que havia sido aprovado originalmente, o fim das saidinhas. O placar foi acachapante, uma derrota gigante para Lula e toda a esquerda, que insiste em embalar bandido como criança de colo. No Senado foi 52 a 11. Na Câmara, 314 contra 126.

Em qualquer democracia de verdade, essa decisão deveria ser respeitada. Mas não é o que deve acontecer. A própria imprensa já veicula matérias de fontes do governo dizendo que o tema será judicializado por “algum partido”. Ou seja, não satisfeitos com a dupla derrota no Parlamento, lá vai a esquerda recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem sido pródigo em atropelar a harmonia e a independência entre os poderes.

Já pensaram o inverso acontecendo, se o Congresso não respeitasse uma decisão judicial? Isso jamais acontecerá, porque o Legislativo sabe e compreende suas prerrogativas. O Judiciário deveria retomar o trilho da Constituição e respeitar as decisões soberanas do Parlamento brasileiro. Veremos o que vem por aí.

Luciano Zucco é deputado federal pelo PL-RS.

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