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Família palestina deixa sua casa localizada próximo a ponto de bombardeio de Israel e busca refúgio em uma escola da Organização das Nações Unidas
Família palestina deixa sua casa localizada próximo a ponto de bombardeio de Israel e busca refúgio em uma escola da Organização das Nações Unidas| Foto: Oliver Weiken/EFE

Outubro, para os brasileiros, assinala o Dia da Criança. Embora inúmeros países tenham seu Dia da Criança, as datas são bem variadas. Nos Estados Unidos é o segundo domingo de junho, na Palestina é dia 5 de abril, no Japão em 5 de maio. As datas mais comuns no mundo são o dia 1º de Junho e o dia 20 de Novembro.

No Brasil o dia é quase só lazer e entrega de brinquedos, mas mundo afora o Dia da Criança é dedicado a enfatizar a individualidade e a subjetividade da criança, e o dever dos pais de cuidar de suas necessidades físicas e emocionais. A partir das primeiras décadas do século XX, no mundo ocidental, a criança adquiriu um novo status: um ser delicado, mimoso, o príncipe ou a princesa da casa.

Alunos em escolas de Gaza estudam matemática somando “mártires que morreram em revoltas palestinas”. Exercícios de física pedem para calcular a força que atua na trajetória de um míssil disparado contra soldados de Israel

Infelizmente este conceito ainda não é universal. Nos territórios palestinos, tanto sob comando da Autoridade Palestina como, mais intensamente, na governada pelo grupo terrorista Hamas, as crianças são usadas como arma de propaganda e constantemente doutrinadas para a violência, o assassinato, o ódio e o martírio. Qualquer rápida busca no Google mostra muito pouca preocupação com a educação, a alimentação e a saúde destas crianças e uma super exposição das mesmas a situações de guerra.

Ainda mais alarmantes são os acampamentos de verão, com ênfase em educação para a violência e simulação de ataques a judeus. Os livros escolares também incutem ódio. Alunos em escolas de Gaza estudam matemática somando “mártires que morreram em revoltas palestinas”. Exercícios de física pedem para calcular a força que atua na trajetória de um míssil disparado contra soldados de Israel e livros de história negam a íntima relação do povo judeu com Israel.

Os livros didáticos da Autoridade Palestina têm sido um assunto controverso há muito tempo. Grande parte promove a violência e glorificam o terrorismo. Isso ocorre não só nas escolas administradas pelo Hamas, mas também nas operadas pela UNRWA, fato comprovado pelo Parlamento Europeu, pela George Washington University, pelo Harry D Truman Institute for the Advancement of Peace e até mesmo pela Bethlehem University da Autoridade Palestina.

A IMPACT-se é uma organização não governamental que monitora o conteúdo dos livros didáticos em escolas de todo o mundo. Na análise que fizeram do material didático de Gaza, a IMPACTE-se escreve: “Estas escolas são, sem dúvida, um terreno fértil para o extremismo e, em última análise, um local para o Hamas recrutar pessoas para o terrorismo”. E mais adiante: “As escolas ensinam a jihad, o martírio e a luta armada como um direito divino, incluindo o ódio aos judeus que são apresentados como traiçoeiros e hostis”.

É neste caldo de ódio que crescem crianças que na vida adulta serão capazes de decapitar bebês, estuprar mulheres ou queimar ambos vivos, atos reais, feitos por terroristas do Hamas em 7 de outubro do ano passado, filmados por eles mesmos e divulgados com orgulho.

Os governantes palestinos usam a vultosa contribuição internacional para construir túneis de ataque, comprar e produzir mísseis, recrutar e remunerar terroristas, deixando as crianças Palestinas sem acesso à água potável, a cuidados de saúde e a uma alimentação deficiente e então usam fotos destas crianças em propagandas destinadas a demonizar Israel. Enquanto isso, crianças na Suécia, Austrália, Brasil, Canadá, Israel, USA e no Japão recebem educação, carinho, cuidados paternos maternos e governamentais para transformarem-se em adultos produtivos.

Neste Dia da Criança cabe uma oração para que as crianças palestinas sejam cuidadas da mesma forma. Inshallah (que assim seja).

Marcos Susskind é brasileiro, palestrante e guia de turismo, autor do livro “Combatendo o Antissemitismo”.

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