Precisamos reconhecer que a esquerda fracassou em 2024 e a direita avançou no Rio Grande Sul. Os resultados das eleições nas cinco maiores cidades do Rio Grande do Sul revelam um fracasso para os partidos de esquerda, em especial o PT e o PSOL.
Em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) iniciou a campanha em primeiro lugar nas pesquisas e foi derretendo, batendo recordes de rejeição e quase não indo para o segundo turno. Já na Serra Gaúcha, em Caxias do Sul, Denise Pessôa (PT) também ficou fora da disputa pelo segundo turno, que terá PL, com apoio do NOVO, e PSDB. Enquanto isso, na Região Metropolitana, em Canoas, o desempenho do PSOL foi pífio, enquanto Airton Souza (PL) liderou e o candidato Campiol, do NOVO, conquistou um expressivo terceiro lugar – sendo fiel da balança para o segundo turno contra Jairo Jorge, PSD e ex-PT.
Outras cidades do Rio Grande do Sul também viram o avanço da direita. Em Pelotas e Santa Maria, embora o PT tenha avançado para o segundo turno, as candidaturas de direita do PL e de centro, com PSDB, tem boas chances de ganharem as eleições. Vale lembrar que a maior prefeitura do PT no estado era São Leopoldo, e que agora terá Heliomar Franco, candidato do PL apoiado pelo NOVO.
Inclusive, esta última eleição para as prefeituras foi o pior resultado do PT em cerca de 20 anos. Em Porto Alegre, embora as bancadas do PT e PSOL tenham crescido um vereador em cada, o PDT e o PSB perderam um vereador cada também – radicalizando a representação da esquerda, mas sem crescimento no saldo geral. Ao mesmo tempo, na capital do Rio Grande do Sul o centro reduziu e a direita se fortaleceu – aumentando seus vereadores posicionados ideologicamente no PL, PP e Cidadania. Para o NOVO, faltaram apenas 331 votos para chegarmos à terceira cadeira em Porto Alegre, algo que poderá ser conquistado ao longo da legislatura, na medida que processos judiciais de impugnação de candidatos forem julgados.
Todos esses resultados no Rio Grande do Sul evidenciam uma mudança de direção no cenário político, com os eleitores rejeitando o histórico de ineficiência da esquerda e escolhendo representantes da direita. Este é o primeiro passo para as eleições de 2026, em que os representantes de direita pretendem crescer no Congresso Nacional. Somente assim veremos as mudanças que o Brasil precisa para voltar a trilhar um caminho de liberdade e prosperidade.
Felipe Camozzato é deputado estadual no Rio Grande do Sul pelo NOVO.