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Com a chegada do período das férias escolares, as crianças e os adolescentes querem mesmo é ficar longe de tudo que lembre a escola. Querem acordar tarde, se alimentar apenas no horário que sentirem fome e escolher aquilo que querem fazer. Até aí tudo bem! Pois após um ano de dedicação aos estudos, tendo que acordar cedo, realizando muitas atividades, exercícios, pesquisas e provas, as férias chegam para desacelerar um pouco essa rotina e para proporcionar momentos diferentes, como assistir a um bom filme, passear no parque, conhecer novos lugares e novas pessoas, contemplar as belezas da natureza e estar mais próximo de familiares e amigos.

No entanto, uma grande parte das crianças e adolescentes não aproveita o período de folga dessa maneira e passa as férias trancada em um quarto jogando no celular, computador ou videogame ou assistindo à televisão. Estamos diante de uma geração que ao invés de aproveitar as inúmeras possibilidades oferecidas, se fecha na individualidade que os eletrônicos proporcionam. Mas como intervir frente a essas questões?

Os jogos eletrônicos podem também fazer parte da lista, mas num período de no máximo duas horas por dia

Uma dica é a família sentar com a criança ou com o adolescente e juntos montarem um cronograma com atividades interessantes para serem realizadas durante esses dias. Ações que despertem o interesse, que trabalhem com o corpo, que estimulem o desenvolvimento motor, cognitivo e a interação com outras crianças ou adolescentes da mesma faixa etária. São inúmeras as opções: jogos de tabuleiro, gincanas, culinária, cinema, bingo, caminhadas, passeios de bicicleta, em zoológicos, piqueniques no parque, entre outras. Os jogos eletrônicos podem também fazer parte da lista, mas num período de no máximo duas horas por dia.

Outro aspecto importante a ser considerado é a distância que as crianças e adolescentes mantêm do universo da leitura e da escrita. Questão que muito preocupa os educadores ao término do ano letivo, sobretudo com relação aos pequenos que se encontram no processo de alfabetização. Por que não oferecer à criança aquilo que ela gosta de ler, levá-la a uma biblioteca ou livraria-cafeteria para que escolha um livro que desperte o interesse? Alternar momentos de leitura entre os membros da família, dramatizar a história apresentada, construir um livro com ideias ‘malucas’, registrar no computador o que mais gostou da obra que leu e compartilhar com os amigos. Também é importante que os pais escolham livros para ler, pois as crianças aprendem muito com os exemplos.

Leia também: Minhas férias (artigo de Edivar Queiroz, publicado em 5 de agosto de 2017)

Leia também: Férias melhores, com boas leituras (artigo de Jacir J. Venturi, publicado em 30 de dezembro de 2014)

Com uma dose de boa vontade e um pouquinho de criatividade é possível fazer dos dias de férias momentos inesquecíveis de lazer, descontração e conexões. Certamente as crianças e os adolescentes voltarão para a escola no próximo ano descansados e muito mais interessados em aprender.

Cibele Bastos Guaringue é coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Pio XII, em Ponta Grossa, PR.
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