Quem quer que alardeie um pretenso insucesso do primeiro ano do governo Donald Trump terá de se resolver com os fatos: uma economia pujante novamente, a soberania reassumida de uma nação, o respeito internacional rapidamente recuperado, um presidente que fala e é ouvido, dentro e fora de seu país, e que cumpre suas promessas. Os Estados Unidos se levantaram do pesadelo Obama tão rapidamente quanto um náufrago submerso e semi-inconsciente, recobrando todas as forças para o impulso que lhe emerge do mar e lhe salva do afogamento iminente.
Trump é um sucesso em todos os sentidos – por mais que a caquética mídia brasileira, que vive da ração antiamericana da imprensa democrata fake news, diga o contrário. Apenas em 2017, foram criados 2,1 milhões de empregos, reduzindo a taxa de desemprego para a menor em 17 anos: 4,1%. Trump fez a maior reforma tributária da história americana e um expressivo corte de regulações estatais. O acerto da política econômica e de diminuição do Estado, inchado por sucessivas administrações fiscalistas, levou à máxima histórica da bolsa: o índice Dow Jones rompeu os 25 mil pontos, quadruplicando de valor desde a recessão de 2009. Trump cumpriu sua promessa de trazer as empresas americanas de volta aos EUA: bilhões de dólares em investimentos estão sendo repatriados. A independência energética e a retirada da América de tratados que apenas puniam o país (como o Acordo Climático de Paris e o Tratado Transpacífico, o TPP), priorizando acordos bilaterais, revigoraram também a diplomacia americana.
Apenas em 2017, foram criados 2,1 milhões de empregos, reduzindo a taxa de desemprego para a menor em 17 anos
Longe de ser a única conquista, a economia é apenas um dos sinais mais visíveis: a retomada do respeito internacional é outro. A política externa do governo tem obtido resultados antes apenas imaginados. Realizando o que fora apenas prometido pelas administrações anteriores (Clinton, Bush e Obama), Trump reconheceu Jerusalém como a legítima capital de Israel. Se, por um lado, Trump valorizou um tradicional aliado, de outro, foi severo com governos autoritários: retomou os embargos contra a ditadura cubana, cobrou da China uma atuação firme contra o perigo da Coreia do Norte e agora planeja um grande embargo petrolífero contra a ditadura chavista de Nicolás Maduro na Venezuela.
Em todos os momentos nos quais Trump adotou medidas internacionais severas, o cataclismo mundial foi anunciado – mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Países e líderes fortes recobraram o respeito pelos Estados Unidos, em contraposição ao marasmo com que agiam durante a administração do pusilânime Obama: a China de Xi Jiping precisou conter o seu pinscher obeso, e a Coreia do Norte teve de reduzir as ameaças e reabrir comunicação com a Coreia do Sul. A Rússia de Vladimir Putin observa com cuidado e respeito – recusou-se a tomar posição ativa tanto na questão da Coreia quanto na sinalização de apoio do governo Trump à autonomia plena de Taiwan, dois assuntos que afetam diretamente seus aliados chineses. Quando Trump atacou o regime de Bashar Assad, em resposta ao uso de armas químicas contra civis, Putin se conteve em reprovações verbais: a Rússia não está diante de mais um covarde no hemisfério vizinho.
Essas ações de Trump levaram mesmo à confusão nos blocos orientais: sem apoio russo, a China precisou ceder aos americanos – e foi buscar novos amigos na Alemanha de Merkel, de quem Putin não gosta.
Demétrio Magnoli: Trump, dois discursos em crise (9 de março de 2017)
Leia também: A economia de Donald Trump (artigo de Paulo Figueiredo Filho, publicado em 2 de agosto de 2017)
Em sua primeira viagem internacional, Trump visitou um país muçulmano, a Arábia Saudita, onde fez contundentes cobranças sobre o apoio (por vezes velado, outras vezes aberto) das nações árabes aos terroristas islâmicos: eles devem ser extirpados de seus países, pois fazem mal ao mundo inteiro. Se o recado não tiver sido claro, o presidente americano fez-se cristalino através de sua própria ação contra o Estado Islâmico: em apenas onze meses de governo, Trump diminuiu o grupo de 35 mil terroristas (número durante o governo Obama) para míseros 1 mil, reduzindo também, de forma significativa, o território ocupado pelo grupo. A atuação incisiva contra o Estado Islâmico libertou de suas garras 5,3 milhões de pessoas – para comparar, Barack Obama, desde o surgimento do grupo, não conseguiu libertar metade disso. Ainda quanto aos sauditas, Trump cumpriu uma promessa feita pelo Twitter em dezembro: o príncipe Alwaleed Talal, um dos principais financiadores de corruptos do Partido Democrata e de inimigos dos EUA no mundo, foi preso.
Seja em sua política econômica ou diplomática, seja na sua luta feroz contra o terrorismo, Donald Trump é movido por um único motor: a defesa dos valores ocidentais. Na Polônia – um histórico aliado americano às portas da Rússia e uma nação que, suprimida várias vezes, sabe o que é lutar por sua cultura –, Trump conclamou: “Temos confiança em nossos valores para defendê-los a qualquer custo? Temos suficiente respeito pelos nossos cidadãos para proteger as nossas fronteiras? Temos o desejo e a coragem de preservar nossa civilização diante de quem quer subvertê-la e destruí-la? Podemos ter as maiores economias e as armas mais letais em qualquer lugar da Terra, mas, se não possuímos famílias fortes e valores fortes, então seremos fracos e não iremos sobreviver”. E foi ovacionado pelos poloneses como um líder do Ocidente, não apenas dos americanos. Recentemente, Trump proferiu um emocionante discurso contra o aborto na Marcha pela Vida. No aniversário de Roe v. Wade (a decisão da Suprema Corte que abriu espaço para o aborto nos EUA), proclamou o Dia Nacional da Santidade da Vida.
Desgoste-se dele, fale-se mal, xingue-se: os americanos têm um líder que os representa. No Brasil, onde há tempos não se sabe o que é isso, resta fazer careta para a família feliz do vizinho.