A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fará, ao fim de novembro, o leilão da 12ª Rodada de Licitações de 240 blocos de exploração e produção de petróleo e gás em sete bacias sedimentares localizadas em vários estados, entre eles o Paraná. Serão 130 blocos em bacias maduras, como a do Recôncavo Baiano e Sergipe-Alagoas, e 110 em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parnaíba, Parecis, São Francisco e Paraná.

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Na Bacia Sedimentar Paraná, serão leiloados 19 blocos de exploração e produção de petróleo, gás convencional e não convencional, sendo 14 no Paraná e cinco em São Paulo. É importante ressaltar que a Bacia Paraná vai do Uruguai até o Mato Grosso, passando por oito estados brasileiros.

Os 14 blocos do Paraná totalizam mais de 38,2 mil km² (equivalente à soma dos territórios de Bélgica e Porto Rico) compreendidos entre o Centro-Sul, Sudoeste e Oeste paranaense, em quatro linhas horizontais de três blocos cada e apenas uma com dois blocos (já próximo ao Rio Ivaí). O maior é o bloco exploratório próximo dos municípios de Pitanga e Mato Rico (campo de gás de Barra Bonita) com 4.273,11 km².

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Segundo a ANP, 25 empresas nacionais e internacionais manifestaram interesse em participar do leilão de novembro. A exigência de que cada explorador de bloco tenha obrigação contratual de fazer uma perfuração até a rocha geradora permitirá a ampliação do conhecimento do potencial brasileiro no chamado gás não convencional (shale gas), que despertou nos Estados Unidos uma revolução energética sem precedentes nos últimos anos.

Ressalto o empenho do governador Beto Richa, solicitando à ANP, em janeiro deste ano, que nesta rodada fossem incluídas áreas em nosso estado. O trabalho em conjunto com outros governadores para que houvesse estudos que embasassem a inclusão do Rio Grande do Sul e Santa Catarina propiciou o conhecimento em toda a extensão da bacia sedimentar.

Por determinação do governador, integrei, ao lado do presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, uma comitiva parlamentar-empresarial que conheceu produtores, cientistas, comercializadores e usuários do shale gas, bem como as agências reguladoras e ambientais do governo norte-americano e dos estados produtores de gás não convencional. Encontramos um ambiente propício para entendimentos entre o Paraná e vários parceiros privados e estatais naquele país, buscando tecnologia para melhor desenvolver a produção (sugerida nesta Bacia do Paraná) de 7 trilhões de metros cúbicos de shale gas ou sete vezes as reservas identificadas atualmente de gás no Brasil.

Estamos aptos a iniciar outra etapa do desenvolvimento do Paraná, com a oferta de uma nova matriz energética, incluindo o conhecimento acumulado no setor privado e no governo estadual, permitindo que este gás seja descoberto e com preço compatível para o grande parque industrial que estamos consolidando em nosso estado. Será o início de uma nova cadeia produtiva: inicialmente, a do gás convencional (já identificado em Barra Bonita); e, depois, com muito investimento das empresas vencedoras do leilão, o gás não convencional, que impulsionará o Paraná, trazendo desenvolvimento a vários municípios, com impostos, renda e emprego para nossa gente.