Nunca produzimos e armazenamos tantos dados na história como nos dias de hoje. Não por acaso, o ritmo acelerado de geração de conteúdo tem sido responsável por um fenômeno: o acúmulo de excesso de informações nas empresas. De acordo com o instituto de pesquisas IDC, o volume de informações nas companhias dobra a cada 18 meses. Nesse novo cenário, a maioria das empresas peca pela quantidade gigantesca de dados acumulados de forma desorganizada, o que tem impacto relevante na gestão do negócio.
Serão cada vez mais requisitos essenciais de uma empresa competitiva não só a sua capacidade de armazenar dados, mas também a sua competência e agilidade em conceder acesso e compartilhá-los de forma eficaz. Informação é, mais do que nunca, ativo estratégico para o desenvolvimento de companhias. Quem souber valorizá-la certamente vai levar vantagem em qualquer disputa.
E a tendência é de que cada vez mais as empresas enfrentem uma diversidade maior de dados dentro de seus próprios negócios. Esse fenômeno é impulsionado principalmente por dispositivos ligados à internet. O IDC prevê que a base instalada de equipamentos conectados atingirá 212 bilhões de dispositivos até o fim de 2020.
Nesse sentido, uma recente pesquisa realizada pelo próprio IDC, com 2,2 mil executivos de 20 países, aponta oportunidades de ganhos melhorando quatro fatores-chave: combinar diversos fluxos de dados dentro das organizações; utilizar novas ferramentas de análise de dados; entregar informações para mais pessoas; e fazer tudo isso de forma rápida.
Se as empresas conseguirem utilizar as informações que já possuem na geração de receita, aplicando os quatro fatores listados acima, terão a oportunidade de ganhar US$ 1,6 trilhão em faturamento nos próximos quatro anos. Isso é o que chamamos de data dividend ou "dividendo de dados". Apenas com a conquista ou retenção de clientes, suporte e otimização de preços, seriam capitalizados US$ 158 bilhões. Outros US$ 486 bilhões viriam com a otimização de operações, unidades, instalações, manutenção ou utilização de equipamentos, gestão da cadeia de suprimentos e logística. Mais US$ 235 bilhões viriam com inovação, como a melhoria de produtos e serviços e pesquisa e desenvolvimento. Por fim, US$ 674 bilhões podem ser gerados melhorando a produtividade em áreas como capital humano, otimização de TI e conformidade regulatória. Somente no Brasil, o valor total do "dividendo de dados" pode chegar a R$ 101 bilhões, o que coloca o país em 8º lugar entre as 20 nações pesquisadas, ficando à frente de outros integrantes do Bric, como Rússia e Índia.
A computação em nuvem é a chave para equacionar esse complexo problema das empresas, tanto na etapa de coleta do grande volume e variedade de informações disponíveis na internet quanto para a distribuição dos relatórios de dados. O acesso remoto a arquivos, programas e serviços por meio da nuvem reduz significativamente os custos de processamento, armazenamento e transporte de dados, pois podemos eliminar a despesa operacional usada para comprar infraestrutura tecnológica.
A adoção da computação em nuvem é uma excelente alternativa, já que cada vez mais as empresas têm abraçado soluções de TI, principalmente nos mercados emergentes. Esse recurso melhora a eficiência de qualquer empresa que o adota, facilitando o acesso e o compartilhamento de dados. Em suma: sua utilização já se tornou imprescindível para garantir vantagem competitiva às organizações.
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