Os cristãos discriminam os homossexuais? Definitivamente não! Acreditamos que o amor é o maior de todos os mandamentos

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Se numa pesquisa perguntarmos aos brasileiros se eles creem em Deus ou não, provavelmente teremos um porcentual acima dos 90% dizendo-se crentes (no sentido de quem crê), independentemente da denominação religiosa que professem. Entretanto, esse porcentual vai ficar muito reduzido se perguntarmos quantos conhecem e respeitam a Palavra de Deus, a Bíblia. Pois bem. É sob a luz da Palavra de Deus que gostaria de fazer a primeira abordagem sobre o tema da homofobia e, mais adiante, tratar da cartilha supostamente elaborada por entidades e coordenada pelo Ministério da Educação.

Aqueles que, como eu, têm a Bíblia como uma regra de fé e prática de vida, sabem o que Deus pensa sobre homossexualidade. Isso significa que os cristãos discriminam os homossexuais? Definitivamente não! Acreditamos que o amor é o maior de todos os mandamentos. O próprio Jesus Cristo, filho de Deus, deixou isso muito claro em João 15:12: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei". Basicamente é esse mandamento que deve reger o comportamento dos cristãos.

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Essa introdução serve de base para explicar nossa posição, como parlamentares cristãos, mas também como cidadãos, sobre o material que o Ministério da Educação pretende distribuir às escolas (aos professores dizem alguns), batizado de "Cartilha Anti-Homofobia". O primeiro questionamento é quanto a elaboração do material, que não ficou a cargo do Ministério, nem de educadores ou doutores especializados. Pelo contrário, o material foi produzido pela ONG Ecos com suporte de uma entidade que representa os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Portanto, sem a neutralidade científica que seria desejável na produção de um material didático.

Mas me parece que a questão central – e que motiva a produção da cartilha – é a discriminação e a violência sofrida pelos homossexuais nas escolas. Isso é um fato. Como também é fato que os negros sofrem discriminação; como também é fato que os diferentes em geral sofrem discriminação e violência física e psicológica. Prova disso são os casos de bullying registrados diariamente em todo o Brasil. Considerando isso, no nosso entendimento, o Ministério da Educação deveria trabalhar para combater a intolerância de uma forma geral e não apenas a homofobia e não apenas com uma cartilha.

É preciso mobilizar toda a comunidade escolar numa grande campanha, incluindo a capacitação de professores, para tratar do tema. Além disso, seria fundamental que o governo destinasse parte dos muitos milhões que gasta em propaganda (muitas sem nenhum sentido), para fazer uma campanha na mídia abordando a questão da intolerância, mostrando o quanto ela é negativa e o quanto é destrutiva na vida das pessoas. Sabemos, no entanto, que nem isso bastaria, já que a intolerância, no nosso entendimento, é fruto da ausência de Deus e da desagregação familiar.

Leonaldo Paranhos, deputado estadual pelo PSC, líder do bloco PSC/PSB/PRB e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor.