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O impacto das árvores cultivadas para a preservação do meio ambiente

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Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash)

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É natural do ser humano pensar no porvir, o que nos faz questionar sempre os caminhos mais adequados a seguir. Com a crise climática, essa sequência de encadeamentos fica ainda mais preocupante. O futuro do planeta está diretamente relacionado às ações que realizamos hoje. O desafio está aí: adotar comportamentos e movimentos para que a humanidade possa garantir a sobrevivência das gerações futuras.

Neste dia 5 de junho, a preocupação se intensifica pela provocação das Nações Unidas, com o Dia Mundial do Meio Ambiente. Este ano, o governo da Suécia será o anfitrião da celebração desta data emblemática, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Há 50 anos, ocorria o primeiro evento global dedicado à temática, a  Conferência de Estocolmo, de 1972. Hoje, o mesmo mote deve ser repetido: “Uma Só Terra”.

Agir de modo sustentável é imperativo. E essa missão é de todos. Sociedade, empresas privadas e governos precisam criar rotas voltadas à sustentabilidade para a mitigação dos gases de efeito estufa. O momento de transformar nossa realidade e se empenhar por um economia verde chegou e temos que nos apressar.

O setor de árvores cultivadas tem dado sua contribuição para o equilíbrio do meio ambiente, usando as melhores e mais modernas práticas florestais e industriais. Desde a semente até o produto final, que chega à casa do consumidor por meio de embalagens de papel, livros, cadernos, papel higiênico, pisos laminados, painéis de madeira. Isso sem mencionar os novos usos e aplicações derivadas das fibras vegetais, em setores tão diversos como cosméticos, alimentícios, têxtil, tecnologia, entre outros.

São 9,55 milhões de hectares de árvores cultivadas em todo o Brasil. Somam-se a isto outros 6 milhões de hectares destinados para a conservação de vegetação nativa. Juntas têm potencial de estoque de carbono de 4,5 bilhões de toneladas de CO2 eq. Uma agroindústria voluntariamente certificada há mais de 20 anos, que já identificou em suas áreas 8.310 espécies da biodiversidade de fauna e flora.

Um dos destaques do setor é o estado do Paraná. A indústria de base florestal do estado se mostra conectada à agenda de desenvolvimento sustentável, desde o campo até aos bioprodutos que chegam às mãos dos consumidores. São mais de 1 milhão de hectares de árvores sustentavelmente manejadas na região, atestado por certificações internacionais.

Aliado ao cultivo, as companhias do setor destinam áreas para conservação, demonstrando que produzir e conservar é possível. Segundo a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), o setor de árvores cultivadas, em suas mais diversas modalidades, conserva 450 mil hectares.

O mundo vive um momento de catástrofes ambientais e, neste ponto da história, não podemos deixar a indiferença tomar conta, já que os danos podem ser irreversíveis ao meio ambiente e à vida humana. A pandemia da Covid-19 nos ensinou, à custo de muito sofrimento, que nossa saúde está ligada à saúde do planeta. Nossa preocupação deve ser o uso saudável do lugar onde vivemos para que os recursos naturais continuem a nos sustentar. Ainda há esperança e oportunidade para uma vida melhor em sintonia com a natureza.

José Carlos da Fonseca Jr. é diplomata e diretor executivo da Ibá, com assento no Comitê Diretor do The Forests Dialogue (TFD), no Advisory Committee on Sustainable Forest-based Industries (ACSFI), da FAO, e cofacilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura.

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