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Inovar é (mais do que) preciso

As redes dominaram a lógica do tabuleiro político e dos formadores de opinião. (Foto: Bigstock)

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A invenção da roda para os meios de transporte, da máquina de impressão para a democratização do acesso ao conhecimento, do nylon para a indústria da moda, do primeiro computador e da rede de computadores – a internet – para a evolução tecnológica. A criação das vacinas que, como vimos recentemente, podem mudar uma sociedade. Esses e tantos outros feitos marcam a história da inovação no mundo, mas a verdade é que inovar vai muito além dos grandes marcos; está em todos os lados e pode começar em qualquer ambiente – na indústria, laboratórios ou dentro de casa.

No Dia Nacional da Inovação, comemorado em 19 de outubro, é importante lembrar que inovar é mais simples do que parece: é se conectar, trocar ideias, falar sobre diversos assuntos e depois implementar essas possibilidades levantadas na troca de conhecimento. Quando trazemos essas premissas para o mundo corporativo, a prosperidade vem junto: com novos produtos, processos melhores, serviços mais eficientes e baratos. Vale ressaltar que também é muito importante a diversidade dentro de uma equipe. Diferentes realidades trazem novos pontos de vista e, consequentemente, uma troca muito mais rica.

É preciso desmistificar e entender que a inovação não está apenas em tecnologias de ponta, produtos revolucionários e mudanças gigantes na sociedade. A inovação está nos ajustes na linha de produção, em adquirir um outro olhar, em repensar a estratégia. Está, também, nos detalhes – detalhes que fazem toda a diferença. A história mostra que a inovação traz prosperidade, qualidade de vida, difusão de informações e amplia a possibilidade de conexões entre as pessoas. E este é um ponto chave para a inovação: quanto mais as conexões acontecem, maior e mais rápida é nossa capacidade de inovar.

Empresas que inovam crescem, contratam mais, mudam o contexto das cidades ou até do mundo. Empresas que inovam saem na frente e sobrevivem a diferentes mercados. A partir da pandemia, novos modelos de negócios surgiram, processos produtivos foram revistos e a gestão de pessoas teve de se reestruturar, modificando a maneira como a indústria produz e entrega seu produto no mercado. A adaptação a novas realidades, que sempre foi algo importante, passou a ser compulsória para a sobrevivência e competitividade das empresas.

A ciência, a tecnologia e a inovação demonstraram, na pandemia, ser primordiais para o futuro não apenas dos negócios, mas para o bem-estar da sociedade.

Quando a indústria se adapta e volta a produzir, a atividade econômica avança. Mas é possível acelerar essa retomada, adotando medidas que estimulem um crescimento mais significativo e sustentável. Para isso, as empresas podem e devem adotar soluções tecnológicas que têm, cada vez mais, impactado a produtividade e o desenvolvimento de novos produtos.

A nossa sociedade e, consequentemente, nossas organizações têm passado por um processo massivo de digitalização. Todas as ações humanas de interação na internet, ou com os mais diversos dispositivos eletrônicos e plataformas; os processos organizacionais ou de máquinas e equipamentos e inúmeras outras ações humanas têm se transformado em dados brutos, disponibilizados dentro das organizações ou em plataformas digitais cada vez mais abertas, fenômeno este popularmente conhecido como Big Data.

A Indústria 4.0 traz a incorporação da digitalização à atividade industrial. Observamos, porém, que boa parte dos investimentos em tecnologia da informação ainda é de caráter de infraestrutura: transacionais para automação de processos e informacionais para um maior controle interno de informações. No entanto, ainda são pouco estratégicos, ou seja, orientados à obtenção de vantagem competitiva. O desafio, agora, é integrar a digitalização dos processos industriais com a gestão estratégica da organização, sendo a tecnologia um meio para atingir os objetivos de negócios.

A ciência, a tecnologia e a inovação demonstraram, na pandemia, ser primordiais para o futuro não apenas dos negócios, mas para o bem-estar da sociedade. Cada vez mais o campo competitivo das organizações será das que pesquisam e desenvolvem novos produtos e mercados com plataformas tecnológicas e algoritmos que melhor combinam a habilidade analítica humana dos dados com o poder computacional da tecnologia da informação. Temos muitos desafios pela frente, mas entendemos que a tecnologia é a grande aliada na transformação e na sustentabilidade dos negócios no futuro.

Fabrício Luz Lopes é gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep.

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