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Como pais de Theo e Maya, identificamos desde muito cedo as particularidades que os destacavam. Percebemos rapidamente que tinham uma curiosidade fora do comum, acompanhada de uma capacidade de observação, criatividade e aprendizado muito além do esperado. A partir das observações das professoras e da fonoaudióloga, identificamos necessidade de avaliação especializada em neurodiversidade. Antes disso, Lilian dedicou sete meses em grupos de acolhimento, aulas online e estudos de literatura científica, além de analisar a legislação brasileira sobre inclusão, garantindo direitos para superdotados
Filhos superdotados transformam o núcleo familiar. A parentalidade atípica enfrenta desafios distintos: terapias e atividades extracurriculares personalizadas, busca por escolas inclusivas, superação da exclusão e aprendizado contínuo. Essa experiência exige flexibilidade, resiliência e compreensão das necessidades únicas de cada filho, pois cada condição neurodivergente é singular e muitas vezes invisível.
Perceber a curiosidade excepcional de Theo e Maya permitiu uma identificação precoce de suas habilidades. No entanto, casos como esses são raros no Brasil. De acordo com o Educacenso (2023), o país contava 47.304.663 alunos matriculados. Considerando a estatística da OMS (3% da população é superdotada), esperaríamos 1.419.140 alunos identificados. Contudo, apenas 38.019 (2,68% do esperado) foram cadastrados como superdotados. Isso indica uma lacuna significativa: aproximadamente 1.381.121 alunos superdotados ainda precisam ser identificados e registrados no Censo Escolar.
A identificação precoce da superdotação abre portas para oportunidades exclusivas. Os irmãos Theo e Maya exemplificam isso, ingressando na Mensa – sociedade internacional de pessoas com alto QI – aos quatro e três anos, respectivamente. Essa conquista abre caminhos para recursos especializados, suporte e conexões globais. A Mensa, que aceita membros com QI acima do percentil 98 — isto é, o top 2% — tem proporcionado aos Jovens Brilhantes (como são chamados os menores de 18 anos da Mensa) Theo e Maya não apenas um reconhecimento, mas, também, o acesso a um ambiente que valoriza a busca pelo conhecimento.
A superdotação exige atenção dos educadores no sentido de adaptar o conteúdo e as metodologias de ensino às especificidades de cada criança
A superdotação, embora repleta de desafios, oferece a possibilidade de desenvolvimento único, contudo, para isso, necessita de suporte específico e de uma rede que compreenda essas características. Estar com os pares é vital para qualquer pessoa. Não seria diferente para os superdotados. Por sinal, a palavra Mensa significa “mesa” em Latim, como é simbolizada no logotipo da organização, e sua marca foi criada de forma a demonstrar o objetivo de mesa-redonda: a união de iguais.
Segundo a Mensa Brasil, seus membros têm acesso a uma rede de contatos que possibilita desde socialização até clubes de leitura, ciência e competições de lógica para variadas idades. Trata-se, portanto, de um grupo diversificado, com membros interessados em temas que vão de Paleontologia à Futurologia, de hieróglifos à literatura, triatlo e genealogia.
Nas manhãs de todos os sábados, ficamos nas oficinas próprias para a faixa etária da Maya e do Theo. De relógio do sol à horta doméstica, as crianças colocam a mão na massa e aprendem diversos conceitos de Física, Biologia, Matemática etc. Para nós, pais, além de ser mais uma atividade de conexão com nossos filhos logo no início do fim de semana, aproveitamos para rever teorias e aplicações que acabamos deixando de lado na vida cotidiana adulta. Para Theo e Maya, a integração com essa rede oferece oportunidades para explorar áreas de afinidade em um espaço seguro e estimulante.
A superdotação se caracteriza por uma aprendizagem distinta e personalizada. Deborah Ruf, especialista em avaliação de inteligência, propõe uma classificação em cinco níveis: habilidades moderadamente acima da média, altamente superdotado ou muito avançado em testes de QI, excepcionalmente superdotado, excepcionalmente a profundamente dotado, profundamente talentoso ou altamente avançado em testes de QI.
Françoys Gagné em Differentiating Giftedness from Talent. The DMGT Perspective onvTalent Development cita algumas formas que compõem a inteligência tais como fluida (adaptação e flexibilização), cristalizada (conhecimento adquirido), espacial (visualização mental), numérica ou lógico-matemática (dados concretos), verbal (suscetível aos sons, significados e ritmos das palavras. Exemplos de exercícios incluem sudoku (inteligência fluida), palavras cruzadas (cristalizada) e quebra-cabeças (espacial).
Como pais de Theo e Maya, notamos que ambos têm formas distintas de se relacionar com o aprendizado e o conhecimento, refletindo a riqueza da diversidade cognitiva, mesmo entre superdotados. Se tomarmos os estilos de aprendizagem que se baseiam nas preferências em relação aos sentidos que cada pessoa elege usar para aprender, podemos dizer que, pelo menos hoje, Maya é visual e auditiva e Theo é sinestésico. Maya prefere ver imagens e ouvir informações para aprender, enquanto Theo escolhe atividades práticas e se mostra mais orientado a aprender através do fazer.
No modelo de aprendizagem relacionado à abordagem preferida, Maya se inclina ao método sequencial e questionador, absorvendo o conteúdo de forma gradual e progressiva, questionando e refletindo em um eterno ciclo, a exemplo do método socrático, sempre buscando por um elemento dentro de uma coleção deles. Já Theo tem um perfil holístico, preferindo visualizar o quadro completo antes de se envolver com as partes. Essas diferenças são tão evidentes que, enquanto Maya está sempre tentando entender a lógica dos fatos, mesmo que isso signifique repetir informações já dadas, Theo busca inovação e detesta repetições, sempre buscando novidades. Isso não significa, porém, que Theo não esteja refletindo, mas a incorporação dele é tão rápida em algumas atividades que parece ter pulado fases. Essas constatações denotam que o processo de absorção é bastante diverso entre eles.
“É um erro pensar que todas as crianças superdotadas automaticamente terão talentos desenvolvidos sem o estímulo correto”, defende Françoys Gagné. O Modelo Diferencial de Dotação e Talento do psicólogo e professor Gagné postula que o desenvolvimento de talentos em crianças superdotadas depende de estímulo correto. Sua teoria destaca que superdotação é uma capacidade inata, enquanto talento resulta do desenvolvimento dessa capacidade ao longo do tempo. O ambiente educacional e familiar é fundamental para catalisar esse processo.
A superdotação exige atenção dos educadores no sentido de adaptar o conteúdo e as metodologias de ensino às especificidades de cada criança. Nos casos de Theo e Maya, um fator essencial é a forma como cada um se relaciona com o ambiente da sala de aula. Maya se sente motivada em atividades em grupo, onde a interação e a cooperação são partes do aprendizado. Ela valoriza a troca de ideias e a distribuição das tarefas, gosta de ajudar e permite ser ajudada, mostrando bom desempenho em equipes. Theo, por sua vez, prefere trabalhar sozinho ou em duplas, onde consegue manter o foco na tarefa e evitar a sobrecarga sensorial que, por vezes, ocorre em grandes grupos.
Essas diferenças também se refletem na velocidade e atenção com que executam tarefas. Maya é cuidadosa e atenta aos detalhes de execução, realizando tarefas em um ritmo mais lento. Theo trabalha rapidamente, mas com menos fineza, frequentemente se envolvendo em pequenos acidentes, como tropeçar ou bater em móveis ou árvores. Características como essas são comuns entre superdotados, que processam informações rapidamente, mas nem sempre têm o mesmo desenvolvimento motor refinado.
De acordo com a Resolução CNE/CEB, 4/2009, em seu Art. 4º, inciso III, alunos com altas habilidades/superdotação são “aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade”. Ao aluno superdotado pode ser aplicada a aceleração escolar, prática educacional que permite aos alunos avançarem para níveis de ensino mais elevados com base em seus conhecimentos atuais e capacidades de aprender mais rápido em vez de seguir o ritmo tradicional de progressão ano a ano; ou adaptação curricular, ajustes ou adaptações que devem ser executadas no currículo de forma individual a fim de que possa oferecer o suporte necessário a cada aluno, atender às suas necessidades e desenvolver sua aprendizagem efetiva.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, inciso V garante que “o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”. Da mesma forma, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 entende que para os educandos com altas habilidades/superdotação haverá serviços de apoio especializado na escola regular, atendimento educacional feito em classes, escolas ou serviços especializados quando não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular, currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar. Esta oferta tem início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, inclusive na educação de nível superior.
A educação de crianças superdotadas apresenta desafios e recompensas, sendo necessário planejamento cuidadoso para garantir que cada uma receba estímulos adequados e suporte psicológico
Estas leis, portanto, amparam a aceleração escolar indicada para alunos superdotados objetivando mantê-los engajados, desafiados e progredirem em ritmo que corresponda às suas capacidades individuais. A aceleração escolar pode acontecer de diversas formas: na aceleração de série, o aluno pula uma série inteira e avança para a próxima etapa de ensino. Por exemplo, um aluno pode pular do 3º para o 5º ano, a fim de abrandar ou embargar o sofrimento com a repetição de conteúdo. Na aceleração de disciplina, o aluno avança para um nível mais avançado em uma disciplina específica, enquanto permanece na série correspondente nas demais disciplinas. Ou seja, há flexibilidade curricular, o que permite que o aluno seja desafiado em áreas de habilidade particular. Há ainda o currículo compactado que consiste em condensar o currículo para permitir que o aluno avance mais rapidamente, cumprindo o conteúdo em um período de tempo mais curto.
Não obedecer ao laudo de superdotado que indica aceleração é o mesmo que recusar o laudo do pediatra que indica pneumonia com indicação de repouso e medicação. Ainda assim, já ocorreu de duas escolas condicionarem apresentar o PEI somente depois que a nossa família apresentar o laudo. Da primeira escola que se posicionou desta forma errada, tiraram nosso filho com apenas 1 mês de matrícula. Na segunda escola, solicitamos da equipe de terapia que acompanhava nossos filhos que indicasse um dos membros da equipe para conversar com a escola. A pedagoga contratada pela família, por sua vez, questionou pelo PEI e alertou do prazo para elaboração, da não obrigatoriedade de vincular laudo neste momento e destacou que o ano escolar já estava por terminar sem o aluno ter tido ainda que um rascunho do PEI.
O PEI - Plano Educacional Individualizado – é o documento que reúne as informações sobre o aluno, como as suas habilidades e conhecimentos atuais e define os objetivos educacionais específicos para aquele aluno. É a base do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e deve ser produzido pela escola em até 30 dias do conhecimento da condição do aluno e deve se reescrito quantas vezes for necessário, em conjunto com a família e, se necessário e respeitada a vontade da família, com a participação de demais profissionais que acompanham o aluno tais como médicos e professores de atividades extracurriculares. Ou seja, não é obrigatória a apresentação de laudo indicando a superdotação, de acordo com NOTA TÉCNICA 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE, uma vez que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) caracteriza-se por atendimento pedagógico e não clínico. Não é também obrigatória a participação de profissionais externos à escola, apesar de recomendada em todas ou algumas fases da elaboração do PEI.
É importante a escola ser parceira da família e compreender globalmente o aluno superdotado oferecendo todo o suporte necessário e disponível na escola. Nas duas primeiras escolas que Theo frequentou, por exemplo, ele logo terminava as atividades e se distanciava do grupo para fazer outras coisas. Uma professora entendeu que o comportamento de “fuga” ou dispersão da atividade era um indicativo de transtorno. Os pais, então mudaram Theo de escola e nessa a professora logo identificou as características de superdotação propondo aos pais que procurassem por profissionais que pudessem lhe avaliar de forma correta.
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Um ano depois, Theo, se encontrava diagnosticado como superdotado e acelerado na escola, e muda o comportamento em sala de aula, passando a não terminar as atividades antes da turma e apresentar dificuldades ou dúvidas sobre as atividades. A professora procurou a família para dizer que não tinha lecionado para aluno superdotado até então, mas que estava disposta a compreender todas as facetas do Theo e a estudar a condição. Em quinze dias, Theo estava aplicando as atividades no ritmo da turma e em dois meses voltou a terminar algumas atividades antes da turma.
A criança foi acelerada e passou a enfrentar desafios na escola, de qual natureza for, acadêmico, social, motor. Este pode ser o sinal de que ela está atuando no ambiente adequado à sua idade biológica e não à sua idade cronológica. Como Lílian escreve em seu livro “Glossário da Superdotação: um Guia Rápido para Superdotados, Pais e Profissionais da Superdotação”, idade cronológica é a idade real de uma pessoa segundo o número de anos que se passaram desde o seu nascimento. Já a idade biológica refere-se ao estado do corpo e à saúde física e funcional do indivíduo, que pode ou não corresponder à sua idade cronológica. Da mesma forma que a idade biológica é avaliada por meio de indicadores de saúde e medidas fisiológicas, tais como a condição cardiovascular, a densidade óssea e a elasticidade da pele, a idade mental ou psicológica, é considerada uma parte da idade biológica, pois engloba o funcionamento cognitivo, como a memória, o aprendizado e a capacidade de lidar com as emoções.
Por isso é comum ver superdotados se relacionando com os mais velhos de forma tão natural. Na escola, por exemplo, os meninos tendem a preferir realizar atividades pedagógicas e brincar com meninas mais velhas. Esse pode ser o sinal da sua maturidade e da naturalidade ao encontrar seus pares. Já na adolescência e na vida adulta, é usual que estejam sempre conversando com indivíduos mais velhos.
Um embate muito comum entre escolas e famílias de superdotados existe na aceleração. Esteja indicada no laudo ou não, cresce o número de escolas que orientam não acelerar ou reter o aluno na série atual. Dentre as justificativas mais comuns estão a maturidade sócio emocional ou a (falsa) necessidade de repetir o conteúdo do nível escolar porque em diversas atividades o aluno se recusou a executá-la.
Fazemos parte do grupo fundador da Associação Superdotação no Mapa e assim que entramos no universo da superdotação, ouvimos relatos de centenas de famílias com o mesmo desafio e logo usamos um artifício tecnológico atual: com a câmera do celular a postos, registramos por meio de vídeos o máximo de atividades que nossos filhos fazem de forma a contradizer o que outros adultos venham a julgar erroneamente.
Certa vez, na primeira reunião escolar da Maya, a professora disse que Maya detestava livros e os rasgava e que estava com atraso motor pois ainda não andava com um ano e meio. Imediatamente, Lilian sacou o celular e apresentou à professora e às assistentes dezenas de vídeos mostrando Maya não apenas andando, mas subindo escadas sem usar as mãos de apoio, pedalando bicicleta de equilíbrio, brincando em todos os brinquedos de um típico parquinho, como subir em pé pelo escorregador para depois descê-lo de diversas formas, até de cabeça para baixo. Maya com dois anos já se equilibrava sobre os patins e com 3 anos estava fazendo cambalhotas e pedindo para aprender a fazer estrelinhas. Sobre os livros, os pais mostraram diversos vídeos em que Maya estava “lendo”, balbuciando sons enquanto passava o dedo por cima das palavras e mostrou a biblioteca com dezenas de livros que tanto ela como o irmão colecionam. Theo também já foi bastante alvo do problema criado sobre maturidade emocional e por isso os pais sempre estão registrando o filho em desenvoltura com outras crianças, especialmente mais velhas, para que possam evidenciar a realidade.
Se a criança superdotada apresenta uma série de habilidades excepcionais para sua idade cronológica fora da escola, mas dentro da escola ela se retrai, foge das agendas e parece não socializar com os colegas da mesma idade, onde está o erro? Se o aluno superdotado não receber os estímulos adequados e desafiadores na escola, é natural que ele evite certas atividades e não entregue os resultados dentro do padrão, ou no mesmo formato, que a escola definiu para a turma. Se a escola decide retê-lo ou reprová-lo justificando que ele precisa se relacionar com os colegas de mesma idade biológica ou que precisa de mais um ano para aprender ou fixar determinado conhecimento, mas a escola não criou as estratégias adequadas para atender o alunado naquele ano, que garantia a família tem que a escola abordará de forma diferente no ano seguinte? Reter o aluno superdotado que claramente não responde aos compromissos oferecidos porque não representam desafios ou não fazem sentido para ele é deixá-lo em sofrimento por mais um ano.
A Mensa, tanto no Brasil quanto internacionalmente, oferece apoio para que seus membros mais jovens desenvolvam suas aptidões e participem de atividades que respeitem seus interesses e nível intelectual. Segundo a Organização, eventos de socialização e grupos de discussão ajudam a proporcionar um ambiente em que jovens superdotados se sentem compreendidos e estimulados. Além disso, a Mensa disponibiliza um ambiente de aprendizado enriquecido, proporcionando recursos que expandem o conhecimento em áreas variadas, desde Leitura e Ciência até História e Arte.
Para Theo e Maya, o ingresso na Mensa abriu portas para um desenvolvimento direcionado, permitindo que explorem seus interesses e se conectem com crianças que compartilham trajetórias semelhantes, inclusive no que se refere a desafios e assincronismos. As oportunidades ajudam a moldar suas identidades de maneira positiva, permitindo que suas capacidades sejam aproveitadas de forma criativa e inspiradora em um ambiente acolhedor.
A educação de crianças superdotadas, como Theo e Maya, apresenta desafios e recompensas, sendo necessário planejamento cuidadoso para garantir que cada uma receba estímulos adequados e suporte psicológico. Um dos maiores desafios é encontrar atividades e materiais que respeitem o ritmo e os interesses das crianças, e as escolas, muitas vezes, enfrentam dificuldades para compreender as características e necessidades do aluno superdotado, adaptar o currículo e oferecer apoio específico para cada aluno superdotado, que faz parte, no Brasil, do público-alvo da educação especial.
Vale destacar que alunos superdotados têm o direito de avançar nos seus estudos de maneira mais rápida do que o convencional, o que pode incluir a conclusão antecipada de níveis de ensino, o acesso a matérias de séries mais avançadas ou mesmo cursar a educação de nível superior de forma antecipada. Escolas e famílias devem avaliar alunos superdotados de forma holística, ultrapassando laudos ambíguos, considerando aspectos físicos, emocionais e cognitivos de uma abordagem integral. O atendimento não deve depender de diagnósticos médicos, mas sim de adaptações individuais. Superdotação não garante talento sem estímulo. Família e escola são cruciais para desenvolver potencial, oferecendo estímulo, prática e ambiente de aprendizado essenciais para transformar potencial em conquistas.
Lílian Schreiner-Módolo, doutora e mestre em Administração pela USP, graduanda de Psicologia, professora universitária e de pós-graduação e empresária. Autora do livro “Glossário da Superdotação: um Guia Rápido para Superdotados, Pais e Profissionais da Superdotação”, coautora do livro “Teddy Roosevelt para Crianças” e de outros livros e diversos capítulos de livros; Luiz Augusto Módolo de Paula é advogado, bacharel, mestre e doutor em Direito Internacional e Comparado pela Faculdade de Direito da USP, membro efetivo do Instituto dos Advogados de São Paulo – IASP, jornalista e editor. É autor de “Genocídio e o Tribunal Penal Internacional para Ruanda” (Appris, 2014), “Resolução de Conflitos em Direito Internacional Público e a Questão Iugoslava” (Arraes, 2017), “A Saga de Theodore Roosevelt” (Editora Lisbon International Press, 2020), “O Jugo da Histeria no Brasil Ocupado” (2021) e de “Teddy Roosevelt para Crianças” (2022). Ambos são os pais de Theo e da Maya.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos