Antonio Gramsci (1891-1937).| Foto: Creative Commons
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Maquiavel e Gramsci podem ajudar a entender a realidade brasileira. Nicolau Maquiavel foi um genial filósofo e escritor renascentista, nascido na cidade de Florença, Itália, no ano de 1469. Dentre seus vários escritos, destaca-se O Príncipe. Nele, o autor assevera que o poder (soberania) se conquista com astúcia e traição, e só se conserva por meio da mentira e da violência; que quem detém o poder pode perdê-lo facilmente, se agir com lealdade e piedade para com seus subalternos. Estas ilações podem parecer exageradas, e até atípicas para os nossos dias, porém nunca foram tão vivazes como hoje na política.

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Antonio (Sebastiano Francesco) Gramsci foi igualmente um genial filósofo e escritor italiano, nascido na cidade de Ales, na Sardenha, e morto em 1937. Era comunista convicto, e há quem o classifique como um Maquiavel a serviço do comunismo. Em seu Cadernos do Cárcere – volume 1, ele elucubra uma espécie de decálogo socialista, que teoriza como conquistar e manter o poder sem luta. E as esquerdas o têm utilizado ostensivamente. O objetivo é formar um bloco de países socialistas na América Latina, centrados no Brasil, como foi a Rússia na União Soviética.

Eis os mandamentos de Gramsci: 1. Corrompa e dê liberdade sexual à juventude; 2. Promova a criação de grupos antagônicos (ricos x pobres, brancos x negros, héteros x gays etc.); 3. Controle os veículos de comunicação em massa; 4. Destrua a confiança do povo em seus líderes; 5. Fale sobre democracia e Estado de Direito, mas não hesite em tomar o poder; 6. Ajude a esbanjar dinheiro público, descredibilize a imagem do país no exterior, promova a inflação e gere pânico na população; 7. Incentive greves ilegais em setores vitais do país; 8. Promova revoltas e dificulte a ação das autoridades; 9. Destrua os valores morais, a honestidade, a crença nos governantes. Infiltre-se nos partidos democráticos e os induza a votar a favor das causas socialistas; 10. Confisque armas de fogo e dificulte a resistência à causa.

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Pois é, tudo isso se verifica no Brasil, agora. Só no primeiro item do decálogo é possível enumerar vários itens como a liberação das drogas, aborto, pedofilia, liberdade sexual, ideologia de gênero, descrédito das religiões, desobediência e doutrinação.

O “eles-contra-nós” dividiu o Brasil em grupos oponentes, inclusive propiciando inédita distinção entre esquerda e direita. Ataques ao governo viraram rotina. Fala-se em democracia, mas o próprio Judiciário a ignora diuturnamente. Esquerdistas pregam abertamente a tomada do poder. Falsas informações sobre proteção ambiental, fome e pobreza são veiculadas no exterior para denegrir nossa imagem. Greves, revoltas e invasões de propriedades são incentivadas.

Nossa bandeira nunca foi tão vilipendiada. Nossos valores cívicos e morais, como pátria, democracia, liberdade, respeito, honestidade, família e religião nada mais representam. Nossa Constituição é “rasgada” todo dia. O confisco de armas é pauta prioritária da esquerda. Enfim, os comunistas desistiram da guerra armada e aderiram à pregação gramsciana. Infiltram-se nas escolas, universidades, igrejas e partidos políticos e fazem a revolução pela mudança da mente das pessoas. É inegável que estão conseguindo. Para freá-los, precisamos de atitude.

João Teodoro da Silva, graduado em Direito e Ciências Matemáticas, foi professor de Matemática, Física e Desenho na PUC/PR e presidente do Creci-PR. É empresário da construção civil e presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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