Em mais uma de suas viagens para o exterior Lula conseguiu cumprir sua missão. Ele deu o melhor de si para mostrar novamente ao mundo o que ele representa e em que acredita. Seu governo gastou mais de R$3 bilhões em viagens em 2023, gerando um expressivo aumento de 29,2% em relação a 2022 e sendo o maior valor desde 2014, quando sua pupila, Dilma Rousseff, teve a proeza de despejar R$4,1 bilhões em diárias e passagens, R$100 milhões a mais se comparado a 2013.
Entretanto, não é só de desperdícios que vive o PT. Temos consciência que os que lideram o Palácio do Planalto não têm senso de responsabilidade com o dinheiro público em absolutamente nada. A dívida pública do ano passado cresceu em 9,56%; as contas públicas registraram o segundo maior rombo da história, com R$230 bilhões; e, agora, para que o governo federal alcance a meta de déficit zero em 2024, precisará aumentar as receitas em quase R$200 bilhões.
A solução para mais esse problema? Cortar gastos? Reduzir a máquina pública? Nada disso. A resposta, todos sabemos: mais impostos. É assim que trabalha Lula e seus companheiros. “Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”, já dizia Benito Mussolini, exemplificando o que realmente significa o fascismo.
O recente ataque gratuito e criminoso feito por Lula a Israel não deve ser tratado como um ato falho, um deslize, ou uma fala de alguém que está fora de si, sem noção das coisas. Pelo contrário: ele sabe o que diz e assim o faz porque acredita, de fato, naquilo. Tanto que, publicamente, seus aliados têm feito questão de reforçar o discurso que relativiza o grupo terrorista do Hamas – este, inclusive, que publicou carta agradecendo as palavras do presidente brasileiro – e agride a história mundial e pessoal de Israel, de mais de 06 milhões de judeus.
Não foi “sem querer querendo”. Foi “querendo por querer” e o que ele fez foi mais um ponto para mostrar ao mundo e reforçar para os brasileiros que a esquerda não assume o posto de liderança para guiar uma nação, um estado, um município, um sindicato que seja, para um lugar de desenvolvimento. É exatamente o inverso. Como representante do povo brasileiro, lamento a desastrosa declaração do presidente e peço ao povo de Israel humildes desculpas e que compreendam que o trágico discurso não representa o pensamento da maioria do nosso povo.
Lula tornou-se persona non grata para Israel nesta semana, expondo o Brasil a um vexame histórico e mundial. Contudo, para cada um de nós, que acompanha diariamente o desastre que é o desgoverno que aí está, Lula já é persona non grata há muito tempo. Israel aguarda por um pedido de desculpas. O Brasil, talvez, já nem tenha mais expectativa de ouvir uma verdadeira retratação pelos danos que, há décadas, vêm sendo causados.
Messias Donato é deputado federal Espírito Santo.