Várias pesquisas científicas em torno do aprendizado humano já foram realizadas. O resultado comum a muitas é a respeito da melhor faixa etária para o processo. Muitas delas apontam a infância e a adolescência como os períodos mais ricos, graças a um cérebro ainda em formação. Outras se referem à memória, atribuindo valores etários à mesma; quanto maior a idade da mesma, pior ela é. Por isso, é preciso ter cautela com tais informações, pois elas podem ser intimidadoras e até mesmo pejorativas para o público idoso. Afinal, todos têm direito ao ensino. Basta adaptá-lo às peculiaridades de cada segmento, respeitando os vícios e as virtudes.
O filósofo Leonardo Prota, em uma palestra de 1999 sobre educação para a terceira idade, apontou que as pessoas vêm envelhecendo de um jeito cada vez melhor: vivem de forma independente, com razoável saúde física e mental e em contato com os familiares e a sociedade. Em ressonância com Prota, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou um crescimento da participação do idoso na população: entre 1999 e 2009, essa parcela saltou de 9,1% para 11,3%.
Assim, o ensino superior tem um papel fundamental em apresentar projetos que visem à integração educacional do idoso. Há evidente justiça em possibilitar tal oportunidade a quem tanto contribuiu com a sociedade. Logo, o recurso da educação a distância (EAD) se transforma em um excelente aliado para suprir essas demandas.
Ainda que o meio eletrônico possa representar uma barreira para pessoas mais velhas, basta simplificá-lo ao máximo, tendo em vista ser essa a meta dos programas de inclusão digital. O EAD é repleto de vantagens no ensino ao idoso, pois respeita as maiores dificuldades de deslocamento, trazendo ao aluno bibliotecas virtuais, fóruns e chats, contribuindo inclusive com a vida social. Isso tudo sem citar o detalhe de uma possível contraprestação involuntária. Os conhecimentos e a experiência acumulados ao longo dos anos pelas pessoas da terceira idade e trocados na internet certamente tendem a enriquecer a comunicação.
Ademais, conquanto as múltiplas pesquisas sobre a mais próspera faixa etária humana educacional apontem resultados sempre muito semelhantes, seria um erro grosseiro desprezar o potencial e a cultura de uma pessoa de 60 anos ou mais.
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