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Cerca de 2,2 milhões: essa foi a quantidade de consumidores que sofreram tentativas de fraude em 2013. O número, que aumenta a cada ano, traduz uma realidade ainda muito presente no nosso país: o consumidor continua a não ser respeitado como deveria. Não que a culpa deva recair somente no comércio, mas as empresas têm a parcela de contribuição para esse resultado. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes ao Consumidor, a cada 14,5 segundos um consumidor brasileiro sofreu uma tentativa de golpe em 2013.

Isso acontece porque, no Brasil, ainda não temos mecanismos eficientes que ajudem a coibir a ação dos criminosos, que se aproveitam de descuidos do consumidor e falhas na segurança de dados. A começar pelo nosso atual sistema de identificação, que não tem interligação alguma. Cada estado emite o RG de uma maneira diferente e, em alguns locais, o processo ainda não é nem digitalizado, o que facilita os golpes.

Neste caso, uma das soluções seria colocar em prática o sistema único de identificação civil conhecido como Registro de Identidade Civil (RIC). O sistema, que foi aprovado em 1997, mas até agora não saiu do papel, ajudaria a evitar golpes com o RG, já que unificaria todo o banco de dados de documentos do cidadão e integraria os documentos emitidos em todos os estados.

Segundo a pesquisa do Serasa, as principais fraudes de falsidade ideológica foram emissão de cartão de crédito, compra de eletrônicos, de celulares e de veículos. O roubo de identidade acontece quando a pessoa perde documentos e golpistas têm acesso às informações, ou os dados são capturados pela internet, ao serem digitados em formulários de ofertas falsas de venda de produto, por exemplo.

Evitar esse tipo de ação ainda é um desafio para a maioria dos empresários, que devem estar à frente dos criminosos. Quando acontece o vazamento das informações em uma transação comercial, a responsabilidade é da empresa, que deve garantir a segurança da compra. No entanto, implantar sistemas mais seguros e treinar funcionários para evitar fraudes demanda tempo e dinheiro, e nem sempre o lojista está disposto a fazer esse investimento.

Por outro lado, o consumidor também tem a parcela de culpa em algumas situações, principalmente quando não verifica se a compra que está realizando é segura ou confia demasiadamente no vendedor sem fazer uma pesquisa sobre a empresa antes. Tomar precauções nunca é demais e evita transtornos. Por mais que a responsabilização nesses casos seja da empresa, o consumidor sempre terá de correr atrás da resolução do problema. Algumas atitudes simples, como não fornecer informações pessoais a estranhos que fazem abordagens na rua, ou não confirmar dados pelo telefone, podem ajudar a evitar problemas. Enquanto não existirem sistemas de dados totalmente confiáveis, a melhor atitude será sempre a de se prevenir.

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