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Opinião do dia 3

Medalha de bronze

O Brasil jamais havia sido incluído para a seleção das sete maravilhas do mundo. Isso porque, quando as maravilhas foram escolhidas, o almirante português Pedro Álvares Cabral, que descobriu a nação, sequer havia nascido.

Eram as pirâmides de Gizé – Quéops, Quéfrem e Miquerinos –; os jardins suspensos da Babilônia; a estátua de Zeus no Olimpo; o templo Artemis, em Éfeso; o mausoléu de Halicarnasso; o Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria as destacadas menções das maravilhas da antiguidade. Dessas permanecem apenas as pirâmides do Egito. A de Quéops, maior que as demais e construída em 4.500 A.C. se elevou a 147 metros de altura, superada apenas no século XIX pela torre Eiffel, feita em 1889, com 317 metros de altura e 7.300 toneladas de peso, como previsto no projeto de Gustave Eiffel.

Agora, todavia, nos orgulhamos ao entrar para a lista das maravilhas com o Cristo no Corcovado, ao lado da Muralha da China; da cidade de Petra, na Jordânia; de Machu Pichu, no Peru; da pirâmide de Cchichen Itzá, em Yucatan, no México; do Coliseu de Roma e do Taj Mahl, na Índia.

Ingressamos no pódio universalmente reconhecidos pelas demais nações do planeta, nos sobrando como menções honrosas o Rio Amazonas, maior que o Nilo; as Cataratas do Iguaçu; a grandeza de Itaipu; e o folclore baiano, que acaba de inaugurar uma região que, pela feiúra, denominaram Maria Bethânia. Antigamente, se contava uma piada na qual se indagara a Deus por que tanto privilégio para o Brasil. "Espera pelo povo que eu lá vou colocar e verão que tudo será equilibrado, respondeu o Criador do Céu e da Terra." E, como disse, cumpriu. Basta ver os políticos que temos, com os trambiqueiros e picaretas que por aí medram livres e soltos, execrados pela opinião pública.

É inevitável que em toda a série de dúvidas, pendências com a justiça e qualquer ilícito que se expõe ao público, não exista um dolo, uma culpa, uma falcatrua ou coisas que o valham. Elas aparecem provadas e comprovadas, mas o dinheiro afanado e fraternalmente dividido jamais retorna.

São autoridades com poder de mando, em conluio com empreiteiros, empresários, e falsários, compradores e vendedores a forjarem lucros exorbitantes, fraternalmente divididos entre ambas as partes, que todos são filhos de Deus.

Essa cultura em que ingressa com extrema facilidade o "jeitinho brasileiro", nascido nos primórdios do século passado, é responsável por parte da situação que nos paralisa no terceiro mundo ou a mensagem de De Gaulle a afirmar, do outro lado do Atlântico, que o Brasil não é um país sério. Recado que ouvimos sem tugir nem mugir.

Atualmente, tendo em vista o talento de nosso presidente que não teve tempo de freqüentar a escola, o que evidencia nas suas parábolas sem sentido e no seu falar sem luzes, o restaurador da honra da França ganha certeza irreversível.

Nos países desenvolvidos, o povo escuta o governo na expectativa de obras, projetos e ensaios para a evolução que os habitantes recebem na certeza que o mandatário merece.

Aqui ouvimos um governante na expectativa de uma gafe, uma piada, uma interpretação distante, um erro, uma besteira qualquer emergido das trevas de seu cerebelo.

Outro dia nos alertou que tinha duas orelhas: uma para receber louvores, outra para críticas. Sim, senhores. Ele ouve com as orelhas, grandes e semiabanadas com funções específicas. Um caso para pesquisa na seara da otorrinolaringologia. Acrescente-se o distúrbio irreversível e fatal da psicose crônica de debitar todos os males atuais aos governantes que o antecederam.

Amante das viagens e recepções, nosso presidente andou por inúmeros países do mundo, comprometendo nossa etnia racial e nível de instrução, delas não tirando qualquer proveito para o país e o povo. Desses visitados, nenhum deles tornou a nossos pagos, que ninguém tem tempo para jogar conversa fora. Durante a abertura dos jogos Pan-Americanos, que não pôde inaugurar diante das vaias recebidas, sentiu como o povo julga o mandato de um retirante que não teve o curso primário.

Lula não mostra vocação nem talento para governar. Ponham-no num picadeiro e verão as palmas entusiastas da galera em delírio. Exemplo de governo que passará para a história comprometendo uma geração que ousou escolher um despreprado, a mostrar para o mundo e a posteridade que espécie de criatura esteve à frente do Brasil.

Lauro Grein Filho é presidente da Cruz Vermelha e do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

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