O Aeroporto Afonso Pena passa por importantes intervenções, que têm como objetivo modernizar e melhorar a qualidade da infraestrutura oferecida pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aos seus usuários. Teremos a ampliação do terminal de passageiros e do sistema viário, obra de R$ 246,7 milhões, cuja licitação já foi homologada – aguardamos os procedimentos finais para contratação do consórcio vencedor. A ampliação do pátio segue sua execução, com 84,04% das obras concluídas até o fim de 2012, um investimento de R$ 25,4 milhões e que ampliará em dez posições a área destinada ao estacionamento de aeronaves.

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A restauração da pista de pousos e decolagens foi concluída em junho de 2012, com investimento de R$ 17,79 milhões. Também foi concluída em março do ano passado a ampliação do estacionamento de veículos, passando de 670 para 2,2 mil vagas. Em fevereiro deste ano entregaremos a ampliação do terminal de cargas, de 12 mil m² para 17 mil m² de área, obra no valor de R$ 17,78 milhões. Em outras palavras: a Infraero está promovendo melhorias no aeroporto e parte do resultado já está à disposição dos usuários.

Se observarmos a evolução do fluxo de passageiros no terminal nos últimos dez anos (2003 a 2012), a média anual de crescimento foi de 9,8%, ou seja, abaixo dos 10%. Se excluirmos o ano de 2012, em que houve queda (algo que ocorreu cinco vezes nas últimas duas décadas), e considerarmos o período de dez anos entre 2002 e 2011, a média anual sobe para 10,7%. De 1992 a 2001, por exemplo, essa média havia sido de 7,16%.

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Para 2014, ano da Copa do Mundo, a demanda prevista é de 7,6 milhões de embarques e desembarques, portanto ainda abaixo da atual capacidade do terminal, que é de 7,8 milhões de passageiros por ano. No entanto, as obras de ampliação que serão concluídas antes da Copa vão elevar a capacidade do terminal de passageiros para 10,4 milhões por ano. Para isso, a Infraero prevê uma intensificação do cronograma de obras, priorizando áreas que serão de uso de passageiros, e acompanhando o correto cumprimento dos prazos.

É importante esclarecer que vários fatores envolvem a prospecção de voos, sejam eles domésticos ou internacionais, sendo a infraestrutura apenas um dos aspectos dessa equação. A pista de maior extensão do Aeroporto Afonso Pena já recebe aeronaves do porte do Boeing 747-400.

Em 2012, o Aeroporto Afonso Pena operou abaixo das condições mínimas de visibilidade para pouso e/ou decolagem por 173 horas, 0,57% do tempo total de operação de 2012, em geral por motivos meteorológicos. O aeroporto já opera com um Instrument Landing System (ILS) CAT-II (instrumento de auxílio a pousos em situações meteorológicas adversas), e já realizou parte das melhorias necessárias para a instalação de um equipamento superior, o ILS CAT-III. Prova disso foram as obras de revitalização da pista de pouso e decolagem, concluídas em junho de 2012, que envolveram também o recapeamento de toda a pista, a implantação de grooving (ranhuras cortadas na pista que auxiliam no escoamento de água) e a troca da iluminação. A instalação do ILS CAT-III é um trabalho realizado em conjunto com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC). Ressalte-se que, para a utilização do ILS CAT-III, as aeronaves precisam ser homologadas e as tripulações têm de ser habilitadas para tal.

Concordamos que o Aeroporto Afonso Pena não pode esperar, e é justamente por isso que a Infraero está empenhada na execução e conclusão das melhorias previstas para o terminal.

Antonio Pallu é superintendente do Aeroporto Internacional Afonso Pena.

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