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O Movimento Pró-Paraná vai terminando o ano com muitas conquistas a serem comemoradas. Não paramos, apesar da pandemia que se estendeu por 2021. Soubemos tirar proveito do aumento da predisposição geral para uso das ferramentas digitais para, assim, trabalhar intensamente pelas causas que cumprem nosso propósito de buscar o desenvolvimento do estado. Estamos cada vez mais articulados e envolvidos com as bandeiras paranistas.
Temos conseguido, semanalmente, agregar representantes dos setores produtivos paranaenses para discutir as questões mais estratégicas no Comitê de Infraestrutura, em produtiva parceria com o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP). Nesse âmbito foi concebido o novo modelo de pedágio, que se sobrepôs à proposta com outorga planejada inicialmente pelo governo federal. O Paraná conseguiu, portanto, por meio do modelo nascido dos debates técnicos no Pró-Paraná, alcançar uma alternativa melhor. Nas audiências públicas formulamos proposições para aprimorar o projeto original do Ministério da Infraestrutura em cada um dos seis lotes de concessão rodoviária federal no nosso estado. Mantivemos, obstinadamente, a defesa de um modelo que garanta obras significativas aliadas a gestão transparente e tarifa justa.
A nova pista do Aeroporto Afonso Pena também deve ser listada entre os ganhos recentes do Pró-Paraná. Em uma audiência pública sobre o tema, partiu do movimento a solicitação para que a construção da terceira pista constasse do edital de licitação.
Nem tudo o que sonhamos foi realizado. Mas seguimos firmes no propósito de apontar caminhos e trabalhar para ampliar os espaços de diálogo. A imensa maioria dos paranaenses quer desenvolvimento e prosperidade. Contudo, é necessário elevar a consciência geral de que é preciso apertar o passo para não perdemos oportunidades que estados e países vizinhos têm abraçado com avidez.
No Litoral, conseguimos abrir caminho para o acesso de navios maiores ao Porto de Paranaguá com a derrocagem de parte do maciço da Pedra da Palangana. O feito tornou-se possível graças aos consistentes argumentos listados pelo Pró-Paraná em uma nota técnica preparada para destravar os impedimentos judiciais à operação no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre. Também no Litoral, outras notas técnicas apoiaram a engorda da praia de Matinhos, a construção da ponte de Guaratuba e o plano de mobilidade da cidade litorânea.
Do leste, vamos a uma relevante conquista no outro extremo do estado: a nova ponte de Foz do Iguaçu ligando Brasil e Paraguai, antiga bandeira do Pró-Paraná, está com 75% da construção concluída neste momento. O movimento trabalhou intensamente na articulação necessária para tirar a ideia do papel – entre Itaipu Binacional, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e governo do estado.
Também este ano selamos a presença do Pró-Paraná em Guarapuava e em Ponta Grossa, com a participação ativa de importantes parceiros regionais. Em outubro, ganhamos assento, assim como o IEP, no Conselho de Recuperação de Bens Ambientais Lesados do Paraná. Somos representantes da sociedade civil na tarefa de gerenciar ações de conservação, proteção e recuperação ambiental. A escolha é motivo de orgulho porque configura-se como reconhecimento de nossos esforços em busca do equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento. Além dos avanços concretos, travamos também discussões sobre questões ligadas ao gás natural, energia elétrica, tributos, telecomunicações e saneamento. Esses debates certamente darão subsídios a futuras conquistas.
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Do ponto de vista cívico-cultural, promovemos palestras sobre arquitetura e celebramos o 29 de agosto como marco relevante da história do Paraná. Aliás, o Pró-Paraná, sobretudo pela tenacidade do desembargador Luiz Renato Pedroso, deu amplo apoio à aprovação da Lei 20.661/2021, de autoria de Luiz Fernando Guerra. A lei torna o 29 de agosto, dia em que foi sancionada a emancipação, uma data magna do estado. Comemoramos também os 33 anos da Constituição Federal e os 32 anos da Constituição Estadual ao apoiar um evento realizado pela Faculdade Pan-Americana de Administração e Direito (Fadap) e pelo Instituto Democracia e Liberdade (IDL), com depoimentos de deputados constituintes. Em setembro, o Pró-Paraná saudou os 130 anos do Poder Judiciário paranaense, solenidade que contou com a inauguração do busto do desembargador Henrique Lenz César na Praça do Palácio da Justiça, em Curitiba.
Nem tudo o que sonhamos foi realizado. Mas seguimos firmes no propósito de apontar caminhos e trabalhar para ampliar os espaços de diálogo. A imensa maioria dos paranaenses quer desenvolvimento e prosperidade. Contudo, é necessário elevar a consciência geral de que é preciso apertar o passo para não perdemos oportunidades que estados e países vizinhos têm abraçado com avidez. É preciso que saibamos, cada vez mais, contornar rapidamente os obstáculos que nos impedem de ir adiante sem prejuízo da dignidade humana, da democracia e do cuidado ambiental.
A esperança de avanço é grande. Basta observar a imensa representatividade dos que foram eleitos em setembro para os conselhos superior, deliberativo e para a diretoria do nosso movimento. O Pró-Paraná é composto por pessoas que já foram ministros, governadores, parlamentares, reitores, diretores empresariais e líderes de entidades civis como a OAB Paraná, o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe-PR), entre muitas outras. Sabemos que essa experiência se traduzirá em muitas novas conquistas. Preparo, disciplina e força de vontade não nos faltam.
Marcos Domakoski, engenheiro civil, é presidente do Movimento Pró-Paraná.