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Responda, de forma rápida, nomes do ministério de Dilma que não sejam o do ministro Joaquim Levy, da Fazenda, ou quem sabe o da Justiça, o petista José Eduardo Cardozo, quase sempre envolto em fatos nebulosos envolvendo membros do seu governo. Difícil.

Isso se dá pelo mesmo fenômeno que acomete quando comparamos os atuais “líderes” políticos do país e outros inscritos em lugar de honra em nossa história: o nanismo político e moral da atualidade nos faz lembrar de seus nomes só quando têm de responder à Justiça. Não é só pela mudança constante do primeiro escalão de Dilma, e inclusive de seus conselheiros, para que ela consiga alguma sustentabilidade para manter-se, e ao seu partido, no poder. É porque os seres da esfera política, sejam petistas ou mesmo de outros partidos, têm nomes escritos sem maiúscula em sua grafia.

Como dizer que Lula, Collor, Renan, Barbalho, Sarney, Arruda e Cunha, entre tantas, são pessoas para serem lembradas como minimamente maiúsculas? É o mesmo que dizer que a humanidade, que já nos deu Cristo, Sócrates, Aristóteles, Platão, Cícero, Lincoln, Washington e Churchill, entre outros, nos deu também Hitler, Lenin, Fidel, Chávez, Assad, Putin, Kin Jong-un, por aí afora. São desiguais na forma e no conteúdo.

Como comparar a grandeza intelectual, política e moral de um Fernando Henrique Cardoso, ou mesmo de um Getúlio Vargas, com um Lula?

Ou pensar que a mesma sociedade brasileira que gerou dom Paulo Evaristo Arns, Sérgio Moro, Joaquim Barbosa, Ruy Barbosa, o Barão do Serro Azul, Juscelino Kubitschek e Bento Munhoz da Rocha Neto, entre outros, igualmente nos “presenteou” com Edir Macedo, Dilma Rousseff, Lula, Leon Peres, Alberto Youssef, João Vaccari Neto, André Vargas, Paulo Roberto Costa, Gilberto Carvalho, Marco Aurélio Garcia, José Dirceu... A lista é infinita.

Como, em sã consciência, comparar a grandeza intelectual, política e moral, sem partidarismos, de um Fernando Henrique Cardoso, ou mesmo de um Getúlio Vargas, com um Lula? São nomes que merecem a maiúscula ou a minúscula em sua grafia para serem lembrados. E assim o são, em forma e conteúdo. O mesmo se dá, por exemplo, quando se compara uma Margaret Thatcher e uma Dilma.

Porém, mesmo que tenhamos em conta as diferenças que a humanidade produz em termos de lideranças boas e más para a história do homem, as condições em que foram produzidas, sua genética política etc., o nivelamento brasileiro atual é muito rasteiro, alimentado, em grande dose, pelo lulopetismo que infelicita o país há uma dúzia de anos. Nem o mais pessimista dos cidadãos brasileiros poderia prever o desastre político e moral ao qual o país seria submetido pelo bando petista, seus agregados, protegidos e bajuladores, além de oportunistas e aproveitadores históricos, que levaram o Brasil ao fundo do poço da corrupção e da mais grave crise econômica e social das últimas décadas.

Não nos lembramos dos nomes do ministério de Dilma não por falta de memória ou porque não mereçam atenção por sua incompetência absoluta. É porque não têm, como não têm os membros dessa confraria ruidosa, ideologicamente vesga, defasada no tempo e comprometida com práticas ilícitas, a mínima importância para o desenvolvimento do país. São minúsculos, com indigência política arrogante e comportamento moral condenável, atrasam qualquer progresso econômico e social, e pelo seu nanismo serão lembrados sempre. Ou desaparecerão para sempre, se Deus quiser, do horizonte brasileiro.

Cláudio Slaviero, empresário e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, é autor do livro “A vergonha nossa de cada dia”.
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