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Nota dez é para quem evolui
| Foto: Pixabay

Aluno bom tem de tirar nota dez. Será mesmo? Para o professor, nem sempre. A evolução do estudante representa o sucesso tanto quanto a habilidade de sair-se bem em provas e testes. Ainda bem longe da nota máxima, passar de 30 para 70 pode representar uma grande conquista para aquele indivíduo que transformou sua forma de estudar e aprender.

Conseguir organizar uma rotina de estudos de maneira eficiente exige treino e persistência. Os resultados positivos dependem de muita disciplina e de reconhecer as próprias dificuldades. Não conseguir êxito nos estudos pode gerar frustração, medo, ansiedade, um sentimento de incapacidade e culminar no abandono dos estudos.

O ponto de partida para desenvolver o hábito de estudar é o autoconhecimento

O ponto de partida para desenvolver o hábito de estudar é o autoconhecimento. O indivíduo deve perguntar-se qual é a melhor maneira de aprender, analisar e avaliar o próprio histórico em relação ao processo de aprendizagem escolar.

A segunda etapa é o planejamento de estudos a partir de três questões básicas: os objetivos futuros (projeto de vida, o que se deseja ser); os objetivos de carreira (onde se deseja estar) e as responsabilidades necessárias (como fazer). Partindo destas reflexões, os objetivos ficam mais claros, facilitando a assimilação da necessidade prática de disciplina e organização.

Para construir uma rotina de estudos eficiente é necessário organizar um ambiente que seja favorável, construir um cronograma de estudos, realizar atividades que promovam qualidade de vida para relaxar e manter-se criativo, sociável. Na prática, pode não ser tão simples e a ajuda de um psicólogo, pedagogo ou mentor é fundamental para que estes objetivos sejam atingidos.

A organização externa facilita a organização interna dos indivíduos em processo de aprendizagem. Os resultados são a transformação do momento de estudo em algo necessário e, surpreendentemente, prazeroso uma vez que conduz a um maior rendimento e avaliações mais positivas.

O estudante vai sentir menos ansiedade, a autoestima melhora, existe uma maior compreensão das habilidades e das dificuldades individuais. Esse movimento conduz ao pódio com três grandes vitórias: perder o medo das provas, respeitar a própria singularidade (tempo e evolução individual) e reencontrar o sentido do processo de aprendizagem.

Michelle Santos é psicóloga no Serviço de Apoio Psicopedagógico (SEAP) da PUCPR Maringá.

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