| Foto: Jonathan Nackstrand/AFP

Dias atrás, lançamos um projeto audacioso: em parceria com o Consulado Geral de Israel, iniciamos o Smart City em três cidades paranaenses: Cascavel, Paranaguá e Pato Branco começarão a implantar, ainda em um modelo piloto, uma série de projetos conceituais de gestão e monitoramento de segurança inteligente. É uma iniciativa inovadora que fará o uso estratégico de infraestrutura e de serviços de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar respostas às necessidades sociais e econômicas das cidades e da população.

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A parceria, reunindo a administração dos três municípios, a comunidade israelita e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedu), começou em julho de 2016, quando assinamos um termo de cooperação com o Consulado Geral de Israel. Depois, fui a Tel- Aviv, a convite do governo israelense, conhecer tecnologias de ponta sobre cidades inteligentes. Fiz a viagem a convite do governo de Israel, sem nenhum custo para o governo do Paraná, porque este conhecimento do novo, do diferente, das soluções que já deram certo pode nos ajudar a transformar para melhor a nossa realidade.

Países e comunidades que se isolaram pagaram por isso impondo atraso e miséria às suas populações

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Todos precisamos fazer conexões com outras experiências, principalmente na gestão pública. Ainda mais neste século 21, tão acelerado e em que as barreiras e as diferenças são substituídas por aproximação e semelhanças. Se uma experiência social que envolve prática de esporte deu certo na Alemanha, por que não transformá-la em um programa nas nossas cidades? Foi assim que nasceu o projeto Meu Campinho, e foi assim também que realizamos o Hackathon, evento tecnológico voltado às soluções inovadoras na gestão pública e inspirado em uma experiência bem-sucedida que conheci na Coreia do Sul. Em Portugal, onde estive recentemente, os lixões a céu aberto foram eliminados e os principais rios foram recuperados e estão livres da poluição. Dois problemas que ainda persistem na nossa realidade e que podemos resolver com soluções semelhantes, adaptadas à nossa situação.

Leia também:Smart cities: cidades cada vez mais inteligentes (artigo de Carlos Sandrini, publicado em 25 de abril de 2016)

Leia também:A gestão pública que o Brasil merece ter (artigo de Leopoldo de Albuquerque, publicado em 22 de maio de 2017)

Todo gestor público tem a obrigação de buscar esta atualização permanente. De fazer conexões com o bem-sucedido. A história da civilização é rica em casos de países e comunidades que se isolaram e que pagaram por esse isolamento impondo atraso e miséria às suas populações. Na Sedu, o nosso trabalho segue em outra direção. Vamos em busca de modelos que possam levar aos nossos 399 municípios o que há de melhor no mundo. Os paranaenses têm este direito.

Ratinho Júnior é secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano.